A manifestação de hoje [22 de fevereiro] foi uma mobilização sem precedentes, com 520 tratores vindos de todas as regiões vizinhas, duas vezes mais que na manifestação de 24 de março de 2012 em Nantes. Isso indica um envolvimento massivo da população rural. Os tratores vigilantes estão dispostos a intervir na ZAD [Zona A Defender].
Havia 63 ônibus, vindos de todas as regiões da França – o dobro quando chegou a corrente humana. É um marco de uma mobilização nacional e da conexão entre Notre-Dame-des- Landes e outras lutas contra grandes projetos inúteis e impostos.
Houve entre 50 e 60 mil pessoas; muito mais que durante a manifestação de reocupação de 17 de novembro de 2012. Essa é a maior mobilização do movimento.
O cortejo foi festivo, criativo e determinado: com batucadas, salamandras, tritões gigantes, máscaras de animais mostrando a rejeição à destruição de espécies protegidas e das chamadas medidas compensatórias. Falas e animações ocorreram até as seis da tarde na praça Daviais.
A prefeitura tinha optado por botar Nantes sob estado de sítio e impedir que o protesto se tornasse visível no centro da cidade. Esta é a primeira vez que se proíbe uma manifestação na Avenida dos 50 Otages. Uma parte da manifestação passou pela Ilha de Beaulieu; a outra tentou andar no trajeto inicialmente previsto e enfrentou uma violenta repressão policial com lançamentos de balas de borracha, gases lacrimogêneos e granadas de efeito moral. Tudo isto não conseguiu impedir que os manifestantes permanecessem em massa nas ruas de Nantes até o fim.
Existem diferentes modos de expressão no movimento. O governo está surdo aos protestos contra o aeroporto, assim não tem porque se assombrar com certa dose de cólera expressa durante o protesto. O que aconteceria se houvesse outra intervenção na ZAD?
Este dia foi um sucesso e os diferentes componentes da luta permanecem unidos sobre o terreno. A oposição vem crescendo há 30 anos. Ao governo não resta outra escolha a não ser deixar o projeto do aeroporto!
Zona A Defender
22 de fevereiro de 2014
Mais infos, fotos e vídeos: https://zad.nadir.org/
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Ao vento o galho
Orvalho nas pétalas.
Silvia Mera
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!