[A seguir, panfleto distribuído durante a concentração realizada no centro de Montevidéu, no dia 5 de junho, contra a mineradora Aratirí e a gasificadora.]
A destruição do capitalismo continua agora também sob seu modelo extrativista. Os planos para América Latina são claros: controle policial militar e saque dos bens naturais. Aos planos de por mais fábricas de celulose, aos agrotóxicos, à soja e ao desmatamento, se agrega um megaporto por onde tirar os produtos, a megamineradora Aratirí e uma central gasificadora que lhe dará energia. O que se joga com esses planos, planos pautados para toda a região, é muito mais que deixar que uma ou várias empresas se instalem, é permitir que um mesmo sistema siga se desenvolvendo. É permitir o mesmo sistema que nos toma por mercadoria, que gera desigualdade e miséria, que nos tem envenenado a água e que está sentenciando o planeta. É a vida que está em risco, é a possibilidade da liberdade mesma o que arriscamos.
Por isso decidimos defender-nos, defender um modo diferente de vida, uma ideia nunca morta de viver em liberdade, de respeito e solidariedade com os demais. Defender-nos dos megaprojetos é defender também uma luta maior, é continuar a luta das pessoas por sua capacidade de decidir verdadeiramente sobre seu futuro e sobre seu presente. Defender-nos dos megaprojetos é defender a luta pela dignidade e o viver livre.
Hoje nos juntamos para potencializar nossas formas de resistência, essa resistência que concebemos como insuperável, a que implica estar na rua, encarregarmo-nos de nossos problemas, sem nenhum mediador. Hoje seguimos chamando a auto-organização, é a pressão real a que pode deter aos megaprojetos, é a resistência real a que pode nos tornar livres. Hoje nos juntamos para insistir, seguimos alerta, nos juntamos para planejar, conspirar contra eles, porque eles conspiram contra nós. Nos juntamos para poder atuar contra eles porque eles atuam contra nós. Que caia Aratirí, seu megaporto e sua gasificadora, depende nada mais nada menos que de nós mesmos.
As soluções estão na rua…
A terra não se vende, se defende!
Junho-Julho, atividades pela terra e contra o capital.
Marcha – 31 de Julho, a partir de 18 de Julio e Tristán Narvaja.
Mais infos e fotos: porlatierraycontraelcapital.wordpress.com
Regional Sul da A.N.P.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Flauta,
cascata de pássaros
entornando cantos úmidos.
Yeda Prates Bernis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!