[Espanha] Sem feminismo não há revolução social possível

Tú, que és rebelde, com consciência política, que participas, que és militante… Sinto dizer-te companheira, que por muito que te façam crer, não vivemos na Utopia igualitária, que todavia não fomos capazes de transformar as estruturas políticas e sociais, de criar consciência, de educar-nos no que significa feminismo. É mais fácil construir uma consciência crítica anticapitalista, que uma consciência crítica antipatriarcal. É que não se têm facilmente em uma sociedade dominada por um capitalismo patriarcal onde o assédio, os maus-tratos, a exploração, a desigualdade fazem parte de um sistema naturalizado, que a miúdo não percebemos como sistema de opressão, porque não só se manifesta corporal ou fisicamente, senão que também o faz através do simbólico, o psicológico e a autoconstrução pessoal.

Por isso, o feminismo segue necessitando nossa força e impulso e mais ainda nestes dias em que estamos sofrendo uma clara ofensiva contra os direitos e as liberdades. Devemos seguir denunciando a diferença salarial entre homens e mulheres, pelo mesmo trabalho, criticar os estereótipos de feminilidade e masculinidade hegemônicos, promover a solidariedade e, sobretudo começar a mudar a maneira de nos construirmos como pessoas, eliminando a violência machista que vivemos em nossa cotidianidade: lar, rua, trabalho, e destruindo esse velho mundo que outorga uma série de privilégios pelo mero fato de ter pênis.

Só nosso empoderamento como mulheres fará possível a igualdade.

Nós somos e seremos, o que queremos ser e não o que queiram que sejamos.

Sem feminismo não há transformação ou revolução social possível.

CNT-AIT Almería

almeria.cnt.es

Tradução > Sol de Abril

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o pardal
foge do frio
no bolso do espantalho

Cláudio Feldman

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