As Marchas da Dignidade voltam a Madri caminhando até a Greve Geral com o objetivo de exigir uma vida com dignidade. De todos os pontos do estado Espanhol colunas de dignidade se mobilizarão para defender o programa do movimento 22M como passo prévio à convocatória da mobilização geral de outubro concretizada em uma Greve Geral laboral, de consumo e social.
A um ano da comemoração da grande manifestação de 22M que concentrou em Madri a centenas de milhares de pessoas que reivindicamos uma vida digna, a situação não mudou para melhor e se aprofundam as consequências dos perversos efeitos das chamadas políticas de austeridade impostas pela Troika contra a maioria social do estado espanhol.
A teimosa realidade desmente de forma escancarada o governo do Partido Popular e aos poderes que o apoiam, a campanha de publicidade para vender a ideia de que temos saído da crise na qual está imerso o governo e os poderes econômicos e midiáticos aderentes a este regime bipartidário monárquico, se dá de frente com a situação na qual hoje se encontra a maioria social. Aqueles que seguem os ditados de instituições que não se submeteram ao sufrágio da cidadania: Há que jogá-los!!!
Em efeito, a taxa de desemprego (EPA) segue situada em 24 % da população com mais de cinco milhões e meio de pessoas em situação de desemprego, a cobertura de prestações às pessoas sem emprego não chega a 58 %. Cerca de três milhões de pessoas carecem de ingressos, situação que afeta a mais de meio milhão de lares. Os empregos que se criam são precários e com salários de miséria pelo que hoje se é pobre inclusive tendo emprego. Neste sentido a diferença salarial entre homens e mulheres é de 24%. O desemprego juvenil segue superando 55% e cada dia são mais os jovens que, como seus avós, tem que emigrar para poder ter o futuro que este país lhes nega. As pensões perdem poder aquisitivo ano após ano e sua revalorização é uma vergonha.
Nesta situação econômica é alarmante o aumento da pobreza que se situa em 30% da população, uma de cada cinco pessoas está em risco de pobreza severa e de exclusão social, esta pobreza tem majoritariamente rosto infantil e de mulher. O aumento da precariedade social, fruto destas políticas de cortes, da precariedade laboral e salarial, de eliminação de direitos e coberturas sociais, aumenta o número de pessoas afetadas pelos desalojos e pelo que se tem chamado pobreza energética (cortes dos serviços de luz, água e gás). Este inverno morreram pessoas em consequência da precária situação dos lares.
A corrupção e as irregularidades fiscais roubam os cofres do estado espanhol um 5% do PIB, e junto a isso, a política fiscal beneficia aos que mais têm, recaindo a carga sobre a classe trabalhadora e a maioria social. Hoje no estado espanhol aumentam os milionários e também os pobres, aumentando a brecha social.
Tudo isso têm seus efeitos pela reforma do artigo 135 da C.E., mediante o qual se hipoteca toda soberania popular aos ditados da EU [União Europeia] e o BCE [Banco Central Europeu] priorizando o pagamento da dívida aos especuladores ao bem estar e os direitos da maioria social. É patente a decomposição do regime de 78 e de uma constituição que não reconhece os direitos dos povos e nações do estado e que já é papel molhado em suas referências a direitos e liberdades.
Ante isso e como resposta à mobilização social contra estas criminosas políticas, o governo aumenta a repressão contra o povo, a reforma da Lei de Segurança Cidadã e do Código Penal, que tem por objeto a perda de direitos e liberdades para silenciar a um povo que sofre e que está empobrecendo como meio para a dominação e a exploração.
As marchas da dignidade voltam a pedir à maioria social e à classe trabalhadora que se mobilize, que demonstre nas ruas que QUEREMOS VIVER COM DIGNIDADE, que identifiquemos aos culpados desta grave e injusta situação social e defendamos o programa das marchas da dignidade.
Um programa de mínimos com um grande consenso social e político em torno a:
Não ao pagamento da dívida, ilegal, ilegitima e odiosa.
A defesa dos serviços públicos para todos e todas.
Trabalho digno com direitos e salário suficiente, redução da jornada de trabalho e renda básica.
Pelo direito a decidir das pessoas, os povos e as nações do estado nos aspectos que se refiram a sua vida e futuro.
A defesa dos direitos da mulher e por um futuro para nossa juventude.
Contra a precariedade laboral e social. Não às reformas laborais.
Contra a repressão e contra a Lei Mordaça.
Não aos tratados entre governos e transnacionais contra os direitos sociais. Não ao TTIP.
Pelo direito a uma moradia digna e não ao corte dos serviços essenciais de luz, água e gás.
Não à OTAN. Não às guerras.
Caminhando até a Greve Geral
CNT-AIT
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
as peninhas
tão leves, flutuam
no ar
Akemi Yamamoto Amorim
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…