Um protesto percorreu na tarde de ontem, terça-feira (31), as ruas de Gamonal (Burgos) para exigir a imediata libertação das companheiras detidas em diferentes cidades do estado. A mesma transcorreu animada gritando diferentes lemas contra a repressão e pela liberdade das detidas.
O estado não vacila em golpear de novo a todas aquelas que não entram em seus canais institucionais para solucionar a situação de miséria atual para os de baixo. Ante a situação política atual onde a esquerda tenta canalizar o descontentamento das ruas para as diferentes agendas eleitorais de 2015, ao sistema só resta golpear aqueles que seguem na rua auto-organizando a raiva para uma sociedade nova. A história se repete. Nós que optamos pela horizontalidade, pela ação sem intermediários, pelo apoio mútuo e por uma luta auto-organizada desde a base, que supere o sistema atual só podemos esperar a repressão em todas as suas formas. Seguiremos construindo redes de solidariedade e resistência para que seus golpes se convertam em raiva que acabe com este sistema de opressão do ser humano pelo ser humano. A liberdade de um povo e sua liberação do jugo capitalista não se pactua nem se negocia com seus opressores.
Panfleto distribuído na manifestação.
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A repressão continua
Ante as detenções de pessoas vinculadas ao movimento anarquista e os numerosos registros de centros sociais e domicílios que aconteceram em Madri, Barcelona, Palencia e Granada no dia de ontem (30), convocamos esta concentração para demonstrar que não estão sós e para tornar visível a repressão e criminalização do movimento anarquista.
Estas novas detenções demonstram a uma clara intenção de intimidar a quem se envolve ativamente na luta pela liberdade e contra a dominação, a quem não pactua nem tem preço.
Está claro que o governo quer assustar-nos. Chamam terroristas aos detidxs para que sintamos medo delxs. Mas não funciona, temos muito claro quem é perigoso. Sabemos de sobra quem nos condena à miséria, quem enche os bolsos a nossa custa e quem nos reprime. E não são os anarquistas, os anarquistas propõe a luta frente à exploração, horizontalidade frente à hierarquia, fazem uso da solidariedade e do apoio-mútuo frente à repressão e a injustiça.
Em nosso bairro sabemos já muito sobre a criminalização do protesto. Na luta de janeiro de 2014, tanto a subdelegação do governo, a polícia como os meios de comunicação trataram de dividir a nós, os moradores e moradoras que lutávamos na rua.
Não permitamos que o medo nos paralise, exigimos a imediata libertação de nossxs companheirxs.
A luta é o único caminho
Não haverá paz até que sejamos livres
Fonte: Diário de Vurgos
Tradução > Sol de Abril
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