O projeto do Sindicato de Telecomunicações e Serviços de Informática da CNT excluirá partidos políticos, empresas e organizações religiosas.
A luta por um novo modelo de sociedade já pode refletir-se em seu telefone, tablet ou computador. Nas últimas horas, o Sindicato de Telecomunicações e Serviços de Informática (STSI) da CNT colocou para funcionar “SinGuasa”, um serviço ao estilo “Whatsapp” criado para aqueles “grupos e individualidades que se reconhecem na autogestão e nos princípios libertários”. Segundo explicam seus impulsores, se trata de um projeto proibido para aqueles que fazem negócios com as comunicações – leia-se companhias do setor – e a que tampouco poderão acessar partidos políticos nem organizações religiosas.
Depois de vários meses de trabalho, seus criadores vivem jornadas não menos extenuantes que as anteriores. “SinGuasa” foi lançado ao público nesta quarta-feira, e desde então “foram centenas os pedidos para usar este serviço”. “Devemos ser sinceros: nos surpreendeu a acolhida que teve”, afirmam desde o STSI. Neste momento, as pessoas interessadas devem se registar na web singuasa.org, depois do qual receberão as chaves para instalar a nova aplicação em seus dispositivos.
Aqueles que seguirem estas instruções, acessarão a um sistema de mensagens instantâneas que lhes permitirá enviar e receber textos, fotos, vídeos e arquivos sem custo adicional. Igual ao Whatsapp, mas mais seguro. “A ferramenta permite que você se comunique de forma segura e anônima: seus dados e os arquivos que você troca não são armazenados nem vendidos ou dados a corporações, instituições, estados, etcetera”, explicam desde o site fundacional.
Por outro lado, a versão libertária e anticapitalista do Whatsapp foi lançada pouco depois de uma nova batida policial contra o movimento anarquista, cujos militantes parecem aparecer entre as principais prioridades repressivas do estado. Frente a essa situação, “SinGuasa” se apresenta como uma alternativa segura em matéria de comunicações.
Sem subvenções
De qualquer forma, estas não são as únicas novidades da aplicação lançada pelo STSI. Fiéis às linhas ideológicas do anarcossindicalismo, este projeto nasce como um “serviço autogestionado, desenvolvido e mantido por trabalhadores e por trabalhadoras das telecomunicações e dos serviços da informática, sem receber ajudas estatais nem empresariais ou de partidos políticos”.
“É portanto, um serviço confiável, comprometido com a privacidade e a mudança social, que oferece uma alternativa aos meios capitalistas”, enfatizam. Precisamente, o STSI da CNT se define como um sindicato anarcossindicalista “cujos princípios, táticas e finalidades se baseiam na autogestão, na ação direta, no apoio mútuo, na solidariedade e no federalismo”. O “SinGuasa” caminha nesta mesma direção.
Fonte: publico.es
Tradução > Caróu
agência de notícias anarquistas-ana
o tempo ainda não passou
canta no galho mais alto
o sabiá-laranjeira
João Angelo Salvadori
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!