Neste dia internacional dos trabalhadores e das trabalhadoras, La Pandilla Ácrata¹, se propôs a comemorá-lo com as seguintes bandeiras: “Punhos ao alto, bandeiras negras vibrando, barricadas, vinho, música, pensamento em ação. Viva a Anarquia!“.
Dizer que as 188 inscrições anarquistas apresentadas (que fazem parte da obra em processo CARTOGRAFIA ÁCRATA) davam esse ar diferente ao espaço é dizer pouco. Realmente criativos não só os registros apresentados, senão a forma original de incorporá-los à cenografia em que transitávamos todos e todas.
A palestra pública organizada com a historiadora anarquista Laura Monedero apresentou temas muito debatidos (vivenciados) na cotidianidade dos e das anarquistas: Como é isso de viver neste mundo globalizado, com um sistema capitalista que nos arrasa e tenta despedaçar-nos e manter nossas ideias e convicções da maneira mais coerente possível?
Grande desafio, tremendo desafio que daria para uma eterna conversa entre todas e cada uma das pessoas presentes nesse evento. Por isso, esperamos que a próxima vez seja dado um tempo mais prolongado a esta tentativa de reflexão que o que estava programado para o dia de ontem. Excelente proposta de intercâmbio que merecia mais tempo.
O encerramento, apoteótico… La Pandilla Ácrata democratizou as letras de suas canções libertárias e nos fez cantar e dançar com vontade.
Libertador… incorporar-nos ao concerto, ser protagonistas coletivos desse momento de música e risadas… de atuações e gestualidade que lhe outorgou um espetacular fechamento final à jornada.
Fanzines, folhas impressas com a bandeira “ESCOLHA A LUTA”, instrumentos e sons, abraços, risadas, liberdades em movimento e em todo seu esplendor.
Uma forma diferente, libertária e feliz de comemorar este dia de luta. Porque é importante recordar que a felicidade é o cerne dos anarquismos.
E assim foi, nesse instante, La Pandilla Ácrata e as dezenas de pessoas que estavam ali, fomos felizes anarquistas de uma sexta-feira muito especial.
Obrigada e… SAÚDE E ANARQUIA!
Diana Cordero
[1] La Pandilla Ácrata é um grupo de investigação multidisciplinar que opera e combina meios e técnicas do Teatro, da Música, da Dança, a Arte Performática e as Artes Visuais, com saberes que provêm da Sociologia, da Comunicação Social, da Ciência Política, da Estética Filosófica e da História da Arte.
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Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
vejo as flores
coloridas e lindas
brilham meus olhos
Thiphany Satomy
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!