[Um ato de protesto na Praça Onze, em Buenos Aires, marcou o Primeiro de Maio da Federação Obreira Regional Argentina (FORA).]
1º de maio de 2015, a Federação Obreira Regional Argentina recorda aquela greve que em Haymarket em Chicago de 1886 concluiu com a pena de morte para cinco operários anarquistas que lutavam por melhores condições de vida para os trabalhadores; que lutavam pelas 8 horas de descanso, as 8 horas de trabalho e 8 horas de entretenimento.
Desse crime do Estado yanqui desembocou a instauração da jornada de 8 horas para todos os trabalhadores do mundo, não sem longas jornadas de luta e sangue como as que se registraram na região Argentina durante as primeiras décadas do século XX, até a conquista da jornada laboral de 8 horas em todos os grêmios do país no final dos anos 20. Histórica conquista que anos depois seria reivindicada na história oficial como invenção de um general fascista ao que se chamou ironicamente o “primeiro trabalhador”.
A FORA, primeira organização de Trabalhadores do país, reivindica este dia não como dia festivo como pretendem sindicatos traidores, governos e patronal, senão como um dia de memória e de luta contra os privilégios dos parasitas capitalistas, contra as injustiças de seu sistema de vida imposto e “propagandeado” como o melhor dos mundos. Dizemos que não é o dia do trabalho nem do trabalhador; é o dia em que faz 129 anos os escravos do salário daquela Chicago se levantaram por seus direitos e sua dignidade, plantando a bandeira de um mundo sem patrões nem exploração do ser humano, um mundo de iguais.
Hoje, as patronais escravistas do século XXI, com seu estado de bem estar para poucos e apoiados por todas as mudanças tecnológicas que em outra forma de vida permitiriam uma melhor divisão do trabalho e da riqueza produzida por homens e mulheres, pretendem que trabalhemos mais horas por menos dinheiro. Assim o ditam suas sagradas normas de economia de mercado em uma constante piora (quando não perdidas) das condições de trabalho e sociais das trabalhadoras e dos trabalhadores, abalado pela cumplicidade sindical e garantido pela gendarmeria do Estado e seu ministério do trabalho alheio.
A FORA chama a recuperar aquela bandeira de luta de cada primeiro de maio hoje, para resistir às injustas condições impostas e reivindicar outra forma de organização social, onde se faz mais necessário que nunca a participação e a solidariedade entre todas as trabalhadoras e trabalhadores, entre todas as oprimidas e os oprimidos, entre iguais, longe de políticos e aspirantes ao poder seja este sindical, parlamentar ou do tipo que seja, devolvendo-nos a todos o controle de nossas vidas e destino, sem intermediários, sem salvadores de nenhum tipo.
Porque quando compreendemos nossa situação e nos organizamos igualitariamente por nossa emancipação não votamos nem delegamos o destino de nossa vida em mãos de ninguém.
Este 1° de maio, resistimos e seguimos lutando: Pelas 6 horas sem redução salarial!
Pela livre associação gremial!
Pela absolvição dos petroleiros de Las Heras!
Conselho Federal da F.O.R.A.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Venha colibri:
dentro do meu coração
já é primavera.
Urhacy Faustino
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!