Neste post publicamos um texto do espaço autogestionado de Patras Epi Ta Proso sobre a segunda Feira do Livro Anarquista que se celebrará em Patras de 28 a 30 de maio, assim como o programa da Feira.
O texto:
Segunda Feira do Livro Anarquista em Patras, de 28 a 30 de maio em Ésperos (praça Georguíu)
A organização da primeira Feira do Livro Anarquista em maio de 2014 em Patras havia sido algo que vários companheiros e companheiras que participaram no espaço auto-gestionado “Epi ta Proso” haviam pensado em realizar. O êxito e o balanço positivo – do nosso ponto de vista – dos eventos do ano passado, nos conduziram a repetir a organização este ano, com o fim de que a Feira do Livro Anarquista se consolide já como um evento de 3 dias, com debates, apresentações, exposições, atividades culturais… e claro, divulgar os livros e as edições do movimento anarquista.
O objetivo do festival é pôr em relevo a riqueza das ideias anarquistas, antiautoritárias e libertárias, a difusão das propostas anarquistas na sociedade e em particular aos jovens da cidade, em uma época na qual prevalece a propaganda estatal contra os que resistem de uma maneira auto-organizada e desde abaixo, enquanto que o racismo, o canibalismo social e a fascistização parecem ser as únicas opções de uma sociedade em crise.
Ao mesmo tempo, em um período no qual no seio dos movimentos de resistência estão se formando condições de depreciação da deliberação e aprofundamento políticas, cremos que a promoção da cultura da autoeducação, da exploração política e teórica, da conservação da memória social e de classe contra a cultura do anarquismo-lifestyle [estilo de vida] e a transformação da política em um espetáculo cruel, constituem uns momentos particularmente importantes na direção da reorganização geral do movimento radical e revolucionário.
Este ano, na Feira de três dias se celebrará um evento sobre as mulheres zapatistas e as presas políticas em Chiapas, com a participação de uma companheira do México. Também haverá apresentações de livros, debates, eventos e projeções acerca da luta grevista dos trabalhadores das universidades, as lutas das mulheres em Chiapas, a organização do movimento anarquista espanhol nos anos anteriores à guerra civil, o processo de formação do espaço anarquista/antiautoritário na Grécia desde a década de 70, o massacre de Ludlow e o assassinato do imigrante e sindicalista grego Luis Tikas nos EUA em 1914.
Todos os dias haverá uma exposição de fotos organizada por Storguí (em grego é um jogo de palavras entre os termos carinho e raiva).
Estamos criando um espaço liberado do Estado e do comércio, um lugar de reunião, debate e crítica, onde qualquer preço serve ao apoio econômico dos vários projetos que compõem a Feira. Dos eventos não poderiam faltar as atividades culturais no marco da re-apropriação do espaço público e de sua conversão em um lugar de reunião, resistência e criação. Assim, na quinta-feira os eventos finalizarão com música zapatista e um bar de apoio econômico da Feira, e no sábado com uma festa com música rebétiko.
Na quinta-feira e na sexta-feira a Feira começará às 17h e no sábado às 12h com uma exposição de livros do movimento anarquista, de certos livros estrangeiros selecionados pela AK Press, de cartazes políticos, de fotografias, com música distro auto-organizada e com material impresso do movimento anarquista/antiautoritário.
Agradecemos a todos os que responderam positivamente a nosso chamamento para a celebração de dita Feira: Projetos editoriais, grupos culturais, espaços autogestionados e coletividades políticas.
Espaço autogestionado Epi Ta Proso (c. Patreos, 87, nas escadas)
O programa da Feira:
Quinta-feira, 28 de maio
18h: Apresentação do livro: “Desde a maré baixa até a maré alta e vice-versa”. Debate sobre a luta grevista dos trabalhadores nas universidades, e algumas observações críticas sobre a conjuntura. A apresentação será realizada por projetos autônomos e trabalhadores em editoras.
20h: Os desafios da libertação da mulher. Uma olhada às lutas das mulheres em Chiapas. Projeção do documentário Koltavanej (Koltavanej na língua maia significa libertação da escravidão). Debate com a participação da companheira que rodou o documentário, a qual é membro da Sexta. Depois da projeção se abrirá o bar e se tocarão canções zapatistas. Os ingressos serão destinados ao apoio econômico da Feira.
Sexta-feira, 29 de maio
18h: Apresentação do livro: “FAI, a organização do movimento anarquista espanhol em anos anteriores à guerra civil”. A apresentação será realizada pelas edições Eutopía.
20h: Por ocasião da publicação do livro “Resistências iraquianas” debatemos com os membros das edições Stasei Ekpíptontes sobre as resistências e os processos radicais dos kurdos no grande Oriente Médio.
Sábado, 30 de maio
18h: Apresentação do livro: “Esquina de Patission e Sturnari”, publicado pelas edições Cultura Libertária.
19h30: Apresentação do livro “Deixa de falar da morte: Dimensões políticas e culturais dos movimentos sociais: O caso do movimento competitivo na Grécia (1974-1998)”. A apresentação será realizada pelas edições Nautilos e com a participação do autor.
21h: Projeção do documentário “Palikari (muchacho): Louis Tikas e o massacre em Lantlow” – Debate com a participação dos integrantes do documentário.
Em seguida uma festa com música grega “rebético”.
Na quinta-feira e na sexta-feira desde as 17h e no sábado desde as 12h: Feira do livro anarquista, títulos selecionados pela AK Press de livros estrangeiros, cartazes políticos, fotos, música e material impresso do movimento anarquista e antiautoritário.
Todos os dias haverá uma exposição fotográfica.
Espaço autogestionado Epi Ta Proso
O texto em grego:
https://anarchistbookfairpatras.wordpress.com/about/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/patras-28-30-de-mayo-de-2015-segunda-feria-del-libro-anarquista/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
nadam no vento
como carpas douradas
folhas de bambu
Akatonbo
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!