Enquanto se aguarda a decisão da Audiência Nacional sobre a liberdade das outras duas pessoas ainda sob custódia.
A Audiência Nacional ordenou a libertação sem fiança para três das cinco pessoas que estavam até agora na prisão provisória, detidas no marco da Operação Piñata, em 31 de março passado. Como explicou a Diagonal Daniel Amelang, um dos advogados que representam os réus da Operação Piñata, estão agora aguardando que a Audiência se pronuncie sobre a liberdade das outras duas pessoas que ainda estão sob custódia.
“A Audiência considerou que a prisão preventiva foi uma medida desproporcional”, explica Amelang. “Por agora mantêm os processos contra eles, mas observaram que é desnecessário mantê-los atualmente em prisão”, conclui.
Em todos os três autos pelos quais é ordenada a libertação, a Terceira Seção da Divisão Criminal da Audiência Nacional aponta que a resolução do juiz da Audiência Nacional Eloy Velasco não apontava indícios suficientes nem provas “suficientes” das supostas atividades terroristas que haviam cometido os detidos, para ordenar a sua entrada em prisão preventiva.Também cita um recurso da defesa de um dos detidos onde aponta que a relação entre os GAC [Grupos Anarquistas Coordenados] e o terrorismo era “absolutamente gratuito”.
A Operação Piñata aconteceu no dia 30 de março e levou ao registro de vários centros sociais ocupados em Madri e a detenção de 28 pessoas, quinze delas acusadas de fazer parte de uma organização terrorista anarquista e outros crimes de desobediência, resistência ou usurpação.
A operação foi ordenada pelo juiz da Audiência Nacional Eloy Velasco, que afirma que os detidos seriam parte de uma suposta plataforma terrorista chamada Grupos Anarquistas Coordenados (GAC) que estaria relacionado a um grupo internacional chamado FAI / FRI. A operação foi uma continuação da Operação Pandora, ordenada pelo juiz da Audiência Nacional Javier Gómez Bermúdez e que foi levada a cabo principalmente em Barcelona, em 16 de dezembro. No seu desenrolar onze pessoas foram presas. Sete delas foram enviadas para a prisão preventiva até que em 30 de janeiro passado Bermúdez decidiu pela libertação de todas sob fiança de 3.000 euros.
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