Sexta-feira, 8 de maio de 2015, durante um trabalho de manutenção nas refinarias de Asprópyrgos (fora de Atenas) e em particular no grupo de empresas Petróleo Grego (Elpe), cujos acionistas principais são o criminoso Latsi e o Estado grego, aconteceu uma ignição por fagulha que foi sucedida por uma explosão. Seis trabalhadores ficaram feridos, quatro deles perderam suas vidas. O assassinato de quatro trabalhadores na empresa petrolífera Petróleo Grego foi silenciado pela propaganda dos meios de desinformação em massa, que, como porta-vozes dos interesses do Estado e do Capital, inicialmente falaram de “levemente feridos pela explosão” e quando as mortes foram anunciadas nos últimos dias ou as silenciaram por completo ou foram brevemente apresentadas em seus boletins entre as últimas notícias.
Essas mortes vêm se somar a outras dezenas de mortes de trabalhadores nas empresas de Latsis, onde as condições de trabalho são semelhantes aos de trabalho forçados. Vêm a se somar as centenas de trabalhadores mortos nas empresas dos armadores, dos grandes empresários, dos industriais como Latsis, Vardinogiannis, Marinakis, Fessas, Kontominás, Alafuzos etc., onde as condições de trabalho são iguais as das empresas de Latsis. Trata-se de uma lista em que as mortes são simplesmente números, constituem uma parte de uma equação (função) em que os lucros do Capital local e transnacional aumentam em progressão geométrica.
A atividade, no entanto, desta organização criminosa não se limita a estes assassinatos. O lucro está intimamente associado com a exploração, e este por sua vez, está intimamente ligado com o sangue. Assim, o desenvolvimento defendido por toda essa gentalha consiste em condições humilhantes de trabalho nos calabouços da escravidão assalariada, sem medidas de segurança e pagando as migalhas do salário mínimo, na pilhagem da natureza e da destruição dos recursos naturais, e finalmente nos inúmeros assassinatos de toda forma de vida. E tudo isso porque a “Grécia forte” significa mais lucros para o Capital local para garantir a segurança e, claro, os lucros do Capital transnacional, e requer sacrifício humano.
Em Atenas e Tessalônica aconteceram e acontecerão manifestações pelo assassinato dos quatro trabalhadores no dia 3, 4 e 13 de junho de 2015.
Fonte: https://athens.indymedia.org/.
O texto em grego:
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