Cartaz publicado na web da Assembleia No Lager.
Os termos da matança, ou da sobrevivência de milhares de imigrantes são formuladas, novamente, por humanistas de esquerda e por tecnocratas sensíveis. Junto com o grupo policial e militar europeu e de rótulo nacionalista e patriota, são estes que se especializam em obscurecer, iluminando; em legitimar, denunciando; em disciplinar, tomando conta; em cercar (delimitar) o cerne do debate; em reestruturar ora as táticas, ora as instituições, ou os gestores implicados nas mesmas.
O seu trabalho consiste em fazer parecer que as decisões políticas são tomadas, como resultado de uma necessidade imperiosa, de uma emergência, ou de um reflexo social inevitável; em fazer parecer que os assassinatos, são acidentes, que o cativeiro, pareça hospitalidade; em chorar os mortos, ao mesmo tempo que se preparam novos assassinatos; em assegurar que os sobreviventes sejam vítimas sem nenhuma identidade política e coletiva. Que estes sejam meros números em diagramas estatísticos, sujeitos dóceis às estratégias de gestão da população, desvalorizados para que os patrões e senhores consigam mais lucro; objetos do espetáculo multicultural, branco, fácil para o racismo organizado pelo Estado e, sempre de tom, socialmente difuso.
Nem inimigos, nem vítimas. Somos solidários com as perdas dos imigrantes e com as lutas pela dignidade.
Atenas, junho de 2015,
Assembleia No Lager
O texto em grego:
https://nolager.espiv.net/18-archeio/afises/291
O texto em castelhano:
Tradução > Ophelia
agência de notícias anarquistas-ana
O sorriso amarelo
deixou o rosto
todo vermelho.
Rogério Viana
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!