A Promotoria de Atenas pôs em marcha uma investigação pelo modo como os canais televisivos cobriram o referendo de 5 de julho. Concretamente, a Promotoria investigará se os canais televisivos privados trataram de influir direta ou indiretamente na decisão dos votantes (a favor do “sim”), e se pretenderam falsear o resultado do referendo.
Declaramos com antecipação que não temos nenhuma falsa ilusão sobre o papel da denominada “Justiça”. Trata-se de um dos pilares do sistema capitalista, e como tal não vai tocar outro dos pilares do mesmo sistema social: Os meios de desinformação massiva. Tampouco esperamos que sua investigação chegue a fundo e traga à luz a orgia da propaganda descarada e talvez sem precedentes que realizaram os mass media no caso do último referendo. Vamos fazer uma menção mais detalhada a este tema em uma de nossas próximas entradas. A razão pela qual publicamos esta notícia é para pôr em relevo uma vez mais o papel dos mass media, os quais durante os últimos anos reiteradas vezes passaram dos limites que seus próprios patrões marcaram, dedicando-se esta vez a uma campanha de aterrorização do povo (pelo menos dos que seguem vendo a televisão).
A investigação acontecerá após numerosas denúncias que chegaram à Promotoria de Atenas. As denúncias estão assinadas por pessoas que protestam tanto pela forma como os canais cobriram o referendo, como pelo tempo televisivo que dedicaram às manifestações do “sim” e do “não”. Assinalamos que dois canais televisivos transmitiram debates televisivos e programas políticos associados com o referendo (posicionando-se abertamente a favor do “sim”) no sábado, 4 de julho, no dia anterior ao referendo, apesar de que isto está estritamente proibido pela legislação. Um canal transmitiu reiteradas vezes fotos de pessoas fazendo longas filas ante os caixas automáticos sem mencionar que algumas delas haviam sido tiradas em 2012. A parte disto, há suspeitas de que uma delas foi tirada no exterior.
Um usuário do Twitter calculou o tempo que os seis maiores canais televisivos dedicaram às manifestações do “sim” e do “não”. Dedicaram uns 47 minutos as do “sim” e tão só 8 minutos as do “não”. Se excetuamos a cobertura do canal televisivo estatal, o qual foi quantitativamente equilibrada (4,4 minutos à manifestação do “sim” e 4,5 minutos à do “não”), os canais privados dedicaram 4 minutos à manifestação do “não” e 42 minutos à do “sim”.
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
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