Agora disponível na rede para baixar o livreto que contém em castelhano os comunicados publicados pelo grupo armado que justiçou dois membros do partido neonazista grego Aurora Dourada (Χρυση Αυγη).
Baixe aqui:
http://s000.tinyupload.com/index.php?file_id=64451954656268452513
Em 1º de novembro de 2013 no bairro ateniense de Neo Iraklio dois neonazis, membros do partido Aurora Dourada, morreram executados na hora de montar guarda diante dos escritórios de sua organização, enquanto que um terceiro ficou ferido.
Duas semanas mais tarde, 16 de novembro, as Forças Combativas Populares Revolucionárias (FCPR) assumem a responsabilidade por esta ação. Dado de que foi uma ação sem precedentes, e isso falando de toda a história recente de um amplamente estendido entorno antiautoritário na Grécia, com uma série de reações negativas de certo setor deste mesmo entorno, uma onda de críticas em nada companheiristas que consiste em caluniar, difamar e vilipendiar dito ataque e inclusive semear várias teorias de conspiração sobre “a verdadeira origem de seus perpetradores”, que não se acalmaram sequer com a publicação do comunicado, o grupo volta a pronunciar-se, fazendo em 15 de janeiro de 2014 seu segundo comunicado como resposta a estas insinuações e críticas.
Ainda que tenha passado um ano desde então e pese as divergências que podemos ter com certos aspectos do discurso das FCPR, consideramos que sua colaboração resulta todavia muito valiosa para todo anarquista/antiautoritário que se propõe a fazer a guerra contra os fachas de qualquer espécie que pululam por sua zona, bairro ou país onde vive. Especialmente porque por um lado analisa a presença fascista na Grécia através dos tempos, mostrando certos padrões constantes (por exemplo, grupos de choque fascistas como arma secreta contra revolucionária do governo de turno) e assim desmontando o mito de suposto “caráter antissistêmico” de suas atividades, enquanto que por outro lado, contradizendo a propaganda democrática sobre “a urgência de enfrentar a violência racista com as novas legislaturas” relatados pela esquerda parlamentar, recorda que o único antifascismo que funciona e traz resultados reais tem que ser subversivo, anti-institucional e territorial (quer dizer na rua, esquina por esquina, bairro por bairro).
Evidentemente, as opiniões a respeito de que tipo de influência teve a ação mesma, que desenvolvimentos ajudaram a desencadear, ou que resultados faltam obter, estão variando muito dentro do amplo movimento anarquista/antiautoritário na Grécia. Passou um ano, um ano inteiro de luta e de confrontação aberta com os nazis, de ataques e contra-ataques, de pequenas e grandes vitórias e fracassos. A única certeza é que as piores antecipações e paranoias dos mais veementes críticos da ação mesma (iminente vingança de parte dos fachas, terrível e massiva repressão contra os antifascistas, etc.) não se materializaram. E talvez isto também mostre que a execução dos dois neonazis em Neo Iraklio foi simplesmente uma ação antifascista mais, realizada claramente no contexto mais amplo da luta que cotidianamente se leva a cabo por toda Grécia apontando aos fascistas em todo momento.
Esperemos que os seguintes textos ofereçam um par de argumentos e ideais mais para nosso discurso anarquista e sua correspondente prática antifascista.
NENHUMA LIBERDADE AOS INIMIGOS DA LIBERDADE
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