“Vale mais um instante de vida verdadeira que anos vividos em um silêncio de morte.”
Bakunin
É certo, haverá um acampamento político em Bure este verão, de 1º a 10 de agosto de 2015. Será em Bure, mas poderia ser em qualquer outro lugar.
Obviamente, não faltam os espaços de luta, tanto nas cidades – Notre-Dame-des-Landes (Bretanha, noroeste da França), Sivens (próximo dos Pirineus, sul), Roybon (ao norte dos Alpes), Chambéry (próximo de Roybon), Hambach (Alemanha), Valle de Susa (Itália), Jimki (Moscou, Rússia), Roşia Montană (Romênia), Gorleben (Alemanha) -, ou em qualquer outra parte.
Ir a Bure, não significa que a pessoa tenha que considerar-se militante ecologista ou antinuclear, mas que creia na necessidade de organizar-se mais além de certas lutas específicas, para criar pontes e energias comuns entre lutas semelhantes: contra a autoridade e estruturas de dominação, contra o sexismo, o capitalismo, o racismo e o colonialismo, contra as lógicas de segurança e os grandes projetos de ordenação do território e de remodelação urbana.
E mais além de nosso vínculo crítico com o mundo existente, é também e, sobretudo para estabelecer espaços de liberdade autogestionados, onde poderemos pensar alternativas concretas aos sistemas existentes, prestando uma atenção particular a que cada um possa encontrar seu lugar e se sinta cômodo.
Haverá primeiro um tempo longo para compartir, construir, intercambiar, discutir e tratar de desenvolver juntos ideias comuns a longo prazo, partindo não só das conquistas e fracassos do passado, senão também dos desafios atuais.
Este acampamento em dois tempos está pensado como um passo para estratégias coletivas a longo prazo. Queremos dessa vez consolidar o vínculo entre as pessoas já organizadas, e permitir o encontro com outras pessoas que sentem a necessidade de expressar essa revolta que todos sentimos.
Pensado fora da urgência e fora das agendas forçadas, o acampamento resulta da vontade de propiciar o tempo de encontro, e de conservar também a possibilidade de atuar.
Depois de um tempo de reflexão e intercâmbio com os que compartilham nossas convicções, nossas maneiras de conviver e nossas lutas, queremos sensibilizar e ampliar o combate que levamos contra a indústria nuclear, em Bure e em outros lugares.
Enquanto que a Andra¹ se prepara para transformar irreversivelmente a região em lixeira nuclear, queremos fortalecer a luta local contra o aterro de resíduos nucleares, cujos desafios superam amplamente as problemáticas territoriais.
Haverá então períodos de ação para o final da semana, se organizarão de forma coletiva e/ou por afinidade, segundo as disposições e vontades que surgirão entre os participantes do acampamento.
O acampamento não é uma meta ou uma solução, é só um meio frágil para permitir o encontro neste mundo onde nos roubam cada dia mais espaços e liberdades.
Sendo conscientes dessa fragilidade, convidamos a trazer seus pontos de vista, suas críticas, suas energias e experiências, e também afirmar sua vontade de atuar sem compromisso, contra as lógicas a que querem nos submeter.
Chamamos então a juntar-nos em Bure em 1º de agosto de 2015 para dois ou três dias de instalação do acampamento, e logo prosseguir durante vários dias para compartir, debater, fazer oficinas, e atuar.
PS: As pessoas e os coletivos autogestionarão suas provisões de álcool, que não será responsabilidade do coletivo de organização.
[1] Andra: Agência Nacional de Gestão de Resíduos Radioativos.
Mais infos:
vmc.camp
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
vejo as flores
coloridas e lindas
brilham meus olhos
Thiphany Satomy
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…