Nesta introdução publicamos uns fragmentos extraídos de um texto escrito sobre o recente referendo, e publicado na página web respublica.gr. Assinalamos que o texto foi escrito antes do referendo. Apesar de que não estamos de acordo com tudo o que é citado no texto e nos fragmentos extraídos, cremos que tem um certo interesse.
Os referendos requerem órgãos políticos que decidam e implementam suas próprias decisões. Este referendo é por hora de caráter vinculante só no caso do “sim”. Em outro caso, no caso do “não” está coberto por um véu de “vaga criatividade¹”. Mas com vaticínios píticos é impossível estabelecer um marco de consulta pública, ainda que seja efêmero. O único objetivo desta indefinição é usurpar o rechaço justo e emocional do “sim” do corpo político, expresso em um “não” que interpretará o governo segundo lhe convêm…
…Este referendo é anunciado vagamente como uma possibilidade para o início de um debate público e de uma política real. Suponhamos que seu resultado conduzirá muito ao contrário. No caso de que prevaleça o “sim”, por fim as instituições encontrarão neste referendo uma poderosa arma de legitimidade popular que há tanto tempo lhes faltava para justificar sua agenda. Deixarão de ser uns tecnocratas designados e o próprio povo através de seu voto os declarará representantes políticos oficiais da gestão do PNB e da política das “reformas”. No caso do “não” dá um cheque em branco ao governo para que siga com seus amadorismos e com o lobby. O que não pode dar-lhe nesta roda de negociações durante quatro meses o mandato popular das eleições, por arte de magia lhe dará este resultado do referendo…
…Com o povo sendo espectador dos acontecimentos o referendo só pode ter o peso de uma pesquisa…
…Os movimentos sociais e todos os que sustentam teoricamente e soltando discursos no congresso pela causa da emancipação humana estão no piloto automático. A amputação da imaginação política é óbvia: “Eu gosto” (“like”), tweets, marchas, concentrações, comunicados não assinados sem nenhum sentido e sem nenhum impacto real, realizados só para arrastar o cadáver de seu passado e para chamar a sociedade às cerimônias fúnebres das derrotas que estão por vir. Consultórios sociais, farmácias sociais, espaços sociais livres, meios de comunicação autogestionados, plataformas de comunicação alternativas, comidas coletivas, fábricas autogestionadas e cooperativas, tomam a forma do cavalo de Troia do poder governamental, voltando-se contra a sociedade ao invés de dirigir-se abertamente à sociedade, agora que a situação social está tensa. Em vez de chamar a assembleias de comunidades e de cidadãos para coordenar-se e confrontar todos os assuntos urgentes, para tranquilizar e para estar junto a todos aqueles que foram destroçados pela crise, e não a um sujeito revolucionário abstrato, para demostrar que tem forças e para conferir significado de uma maneira concreta ao “não” que nos chamam a votar…
…Em sua forma atual este referendo é um fiasco. Com o “sim” simbolizando uma rendição incondicional e a decomposição absoluta a nível político, econômico, moral e psicológico durante as próximas décadas, e com o “não” simplesmente perpetuando a série televisiva da negociação até que o governo chegue a um acordo de medidas extenuantes equivalentes as que defende o “sim”, a única atitude política responsável é a da abstenção das urnas.
O texto em grego:
O texto em castelhano:
[1] Uma das várias bobagens do ex-ministro de Finanças, dita sobre a atitude grega nas supostas negociações com a Troika.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Boneca se aquece
com o meu chapéu de lã.
Eu visto saudades.
Teruko Oda
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…