Na segunda, 27 de julho, nosso amigo e camarada, Stephen Loughman, foi preso e acusado de “perturbação da ordem pública” por seu apoio na semana anterior a um comício anti-KKK em Columbia (Carolina do Sul) em 18 de julho de 2015. Ativistas locais chamaram pessoas de toda a região sul para ajudar as comunidades da Carolina do Sul contra a Klan e outros grupos de ódio, que como muitos têm tentado usar o debate sobre a bandeira confederada como uma ferramenta de recrutamento.
Gostaríamos de chamar atenção aos muitos erros que a mídia teve durante a cobertura desta história. Mesmo que as sessões da Ku Klux Klan e National Socialist Movement (um grupo neonazista) também sejam de fora do estado, a mídia e o escritório do delegado local fizeram as pessoas acreditarem que Stephen fez “carreira” viajando e causando problemas. Isto é descaradamente falso e uma tática que tem sido historicamente usada para minar os movimentos populares que lutam por libertação, particularmente no Sul. Além disso, a cobertura distorcida da WISTV10 também falhou ao mencionar Stephen explicitamente como um manifestante antirracista, potencialmente colocando sua reputação e segurança em risco. Stephen também nunca foi contatado para que ouvissem sua versão da história. Embora compreendemos que os grupos de ódio white power tem um histórico de retaliação contra pessoas que se opõem a eles, incluindo ameaças, intimidação e violência física, queremos usar esta oportunidade para explicar porque Stephen estava ali, porque a mídia não o fez. Esta cobertura irresponsável tem o potencial de colocar nosso amigo em perigo real em uma multiplicidade de formas.
A campanha de difamação que se iniciou contra Stephen é uma tentativa óbvia de distanciar residentes da Carolina do Sul de qualquer imagem de descontentamento e raiva contra a supremacia branca institucional e popular. A KKK e a NSM estão tentando defender e proliferar a supremacia branca a todo custo. No rastro da justa raiva e tristeza, alimentada pelos atos de Dylann Roof em Charleston, o Estado e a policia continuam protegendo este e outros grupos de ódio que o inspiraram. Sua política de violência no assassinato de nove pessoas negras foi a faísca que acendeu o fogo contra instituições estabelecidas na Carolina do Sul há séculos atrás. Dos ataques clandestinos contra uma dúzia de igrejas negras, passando pela brutalidade cotidiana dos departamentos de polícia e prisões por todo o país, podemos ter certeza que a supremacia branca está viva e bem nos Estados Unidos.
Embora Stephen estivesse em contato direto com o oficial de prisão no dia dos protestos, em nenhum momento ele foi preso ou lhe falaram que possuía um mandado até que voltou a Carolina do Sul para reaver seu telefone confiscado na semana anterior. Então ele foi levado ao deplorável Centro de Detenção Alvin S. Glenn, onde foi deixado em instalações imundas. Desde então ele teve de ver um médico por uma infecção que adquiriu em custódia.
Não deixe que as autoridades e a mídia pintem os eventos de 18 de julho como o trabalho de um solitário anarquista branco. As comunidades que se ergueram contra os supremacistas brancos – verdadeiros “agitadores externos” – naquele dia o fizeram em seus próprios termos para defender sua cidade. Se isto significa pedir ajuda a amigxs, que seja.
Por um mundo sem supremacia branca,
Defend Steve Support Committee
Para doar em apoio a Steve:
http://www.gofundme.com/e6b3tukuc
Uma mostra da cobertura ridícula:
http://www.thestate.com/news/local/crime/article29632162.html
Tradução > Anarcopunk.org
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Regina Ragazzi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!