Mulheres Anarquistas na Turquia fazem um chamado a uma campanha de cartas para uma mulher trans encarcerada em uma prisão de homens. A mulher, Esra Arıkan, está presa com guardas que a atacaram sexualmente repetidas vezes e poderia suicidar-se.
Esra está presa desde 2004 em uma prisão de homens na Turquia. Ela escreveu que o juiz condenou-a a prisão perpétua por um crime que não cometeu. Esra esteve em isolamento durante os últimos nove anos. Foi atacada sexualmente durante seu tempo na prisão. Agora, os funcionários de prisões trasladaram Esra à prisão onde os guardas a atacaram sexualmente em repetidas ocasiões.
Em uma carta em 2014 ao periódico anarquista Meydan, Esra explicava que recolheu de seu corpo o esperma de um guarda após um ataque. Depois fez uma denúncia contra o guarda. O tribunal deteve o guarda durante um ano – até que um juiz proferiu que o ataque foi “consentido”. Depois do ataque, Esra foi transladada a outra prisão. Agora, os funcionários voltaram a trasladá-la à prisão onde os guardas a atacaram.
“Esra está exigindo ser trasladada a uma prisão de mulheres”, disse Nergis Şen, membro do grupo Mulheres Anarquistas. Nergis esteve escrevendo com Esra. “Ela não pode fazer nada na prisão em que está. Devido a que é trans, não pode ir a seu encontro semanal no local de conversas. Não pode ir à biblioteca ou ao ginásio. Esra tem problemas de estômago devido ao stress e não está recebendo tratamento normal.”
“Ela está em uma situação difícil e não pode seguir adiante. Ela está pensando em se maltratar. Esra tentou suicidar-se anteriormente; só sobreviveu devido a uma cirurgia.”
Mulheres Anarquistas, grupos de direitos humanos e LGTBI começaram uma campanha de escritura de cartas a Esra. Seu endereço é:
Samsun E Tipi Kapalı Cezaevi
B-4 Koğuşu
Canik
Samsun
Turquia
agência de notícias anarquistas-ana
Por trás da cortina,
o passarinho não vê
que aguardo o seu canto.
Henrique Pimenta
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!