Durante este mês de agosto comemoraram-se o dia da Pachamama e o dia internacional dos povos indígenas, comemorações que além de uma data no calendário, distanciam-se muito de ser reconhecimentos reais ao uso da terra e à realidade indígena colombiana. Este é o caso do povo indígena Barí, um dos 90 povos indígenas da Colômbia que conseguiram manter intacta sua cultura, tradição e língua apesar das agressões que tiveram que sofrer desde a chegada dos espanhóis até a atualidade.
Historicamente habitaram o vale do rio Catatumbo, localizado no departamento do Norte de Santander e a fronteira com a Venezuela, território que se caracteriza ademais por possuir boa parte das reservas petrolíferas da Colômbia, assim como carvão e abundante recurso hídrico. Atualmente, o povo Barí está composto por 23 comunidades e 417 famílias assentadas em cinco municípios: o Carmen, Convención, Teorama, o Tarra e Tibú, região conhecida como o Catatumbo Colombiano.
Apesar de ser um povo pacífico que por cosmovisão se relaciona harmonicamente com a natureza, teve que recorrer ao confronto para defender seu território, inicialmente, na época da conquista e colônia enfrentaram-se com o homem branco que vinha da Europa, mais adiante, em princípios do século XX às companhias multinacionais petroleiras que violentaram a cultura e sítios sagrados do povo Barí. Afirmam os Barí que uma de suas cabanas foi queimada e pouco tempo depois chegou uma empresa para extrair petróleo neste lugar.
Na década de 2000 a comunidade indígena Barí resistiu a maior arremetida paramilitar na história da Colômbia, asseguram que seu território e inclusive suas próprias casas foram usadas como bases paramilitares por mais de seis anos.
Hoje prepara-se para enfrentar uma nova ameaça, o fracking ou fraturação hidráulica, técnica de exploração de óleo não convencional proibida em países como França, Canadá e o estado de New York nos Estados Unidos pelos desastres ambientais e múltiplas enfermidades que produzem à população, mas, paradoxalmente para o governo Colombiano e Ecopetrol, o fracking é a técnica que se deve usar. Desta maneira asseguram que se opõem a esta questionável técnica e que desde já se preparam para enfrentar esta nova ameaça.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=MohOtXoqDO4
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Suspira o corvo,
Evoca rios de ternura
Musgo do amanhã.
José Feldman
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!