Desde a segunda-feira 31 de agosto os coletivos que participam no processo da formação da Organização Política Anarquista de tipo Federal dirigiram um chamado de participação na manifestação da Feira Internacional de Tessalônica, e a uma ação anarquista contra a festa dos patrões, os quais em vista das eleições estão preparando-se para o novo ataque de classe contra os explorados.
Às 16h30 começou a concentração dos coletivos Negro e Vermelho, Disinios Ippos, Dinamiteira, Círculo do Fogo e O.72 em Kamara. Montou-se um sistema de megafonia, pelo qual foi lido o texto do chamado. Também, havia uma mesa com material anarquista, e distribuía-se o folheto que contem o chamado político ao congresso fundacional da Organização Política Anarquista em novembro, assim como o projeto de seu estatuto.
Na Feira Internacional deste ano, a Confederação Geral de Trabalhadores Gregos (GSEE) conseguiu superar todos os limites da humilhação, posto que os únicos que manifestaram junto com ela foram os trabalhadores nas minas de Eldorado Gold, que são utilizados como um exército de mercenários da empresa contra a luta do povo de Calcídica que lutam contra o saque e a destruição de sua terra. Vale a pena mencionar que sua concentração estava protegida por veículos da polícia que estavam posicionados perpendicularmente ao longo da rua, para evitar qualquer contato com a manifestação que partiu desde Kamara e na qual participaram os blocos anarquistas e antiautoritários junto com blocos de manifestantes lutadores, tais como o bloco da oposição à mineração de ouro e a Caravana de Luta e Solidariedade.
O bloco que surgiu do chamado dos cinco coletivos era massivo, combativo e sua salvaguarda [proteção] estava organizada. Neste bloco participaram companheiros de Tessalônica e de outras cidades. Escutaram-se lemas anarquistas políticos, anti-eleitorais, de solidariedade com os refugiados e os imigrantes, contra o saque da natureza, antifascistas, contra a repressão, etc., como “A solução da crise não está nas eleições”, “Comunidades de luta em todos os bairros, todos à rua, abstenção das eleições, a construir comunas em toda a Terra”, “Nenhum outro mundo é possível enquanto haja Estado e capitalismo”, “Os imigrantes são os parias da Terra, no mundo dos patrões somos todos estrangeiros”, “Nem fascismo nem Democracia, organização e luta pela anarquia”.
O cerco policial em torno aos blocos sociais, de classe, anarquistas e antiautoritários, durante a marcha à Feira Internacional de Tessalônica, era uma mostra do medo que tem o Regime ao mundo da luta, que optou por estar nas ruas, contra as ilusões eleitorais, a rendição e a submissão. Como anarquistas sempre vamos ser parte deste mundo, lutando pela derrocada total do Estado e do Capital.
Pela revolução social, a Anarquia e o Comunismo.
Negro e Vermelho (Tessalônica), Disinios Ippos (Patra), O.72 (Atenas), Círculo do Fogo (Atenas), Dinamiteira (Patras)
Fonte e mais fotos, aqui:
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
O vento nas folhas,
Súbito, belo, selvagem,
Assobia, sim.
Sonia Rodrigues
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!