No próximo dia 3 de outubro vai comemorar-se o 30º aniversário da Free Software Foundation, organização criada para defender o difundir o software livre.
E no passado domingo, 27 de setembro, foi o 32º aniversário do lançamento do sistema operativo GNU. Em 1983, Richard Stallman anunciou o plano para desenvolver um sistema operativo do tipo Unix chamado GNU (GNU Não é Unix), composto inteiramente por software livre.
O sistema GNU inclui não apenas um sistema operativo totalmente livre, mas uma enorme variedade de software que abrangem uma ampla gama de utilizações, todas respeitando as quatro liberdades:
– A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
– A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades (o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade).
– A liberdade de redistribuir cópias de modo que qualquer pessoa possa ajudar o seu próximo;
– A liberdade de aperfeiçoar o programa e tornar acessíveis os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade beneficie (o acesso ao código-fonte é, mais uma vez, um pré-requisito para esta liberdade).
Como o núcleo deste sistema operativo não estava ainda concluído e, entretanto, ficou disponível o kernel Linux, baseado também nos princípios do software, acabou este por ser adotado, dando origem ao atual movimento GNU/Linux.
Por que razão o software livre é fundamental para uma sociedade livre? Basta olhar, esta semana, a notícia de um exemplo claro: o fabricante de automóveis Volkswagen admitiu que 11 milhões dos veículos com motor diesel incluíam software para fazer batota nos testes de emissões. Milhões de pessoas no mundo inteiro adquiriram os carros que acreditavam serem quer mais eficientes no seu gasto de combustível quer menos poluentes do que muitos outros carros. Eles foram enganados. O Código tornado livremente disponível não garante que os seus criadores tenham boas intenções, claro. Mas como Eben Moglen disse ao New York Times: “Se a Volkswagen sabia que cada cliente que compra um veículo tinha o direito de ler o código-fonte de todo o software no veículo, ela nunca teria sequer feito batota (…)”.
LC (com base num texto da Free Software Foundation)
Fonte: http://pt.indymedia.org/conteudo/newswire/31269
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