Clotario Blest Riffo, conhecido como “Don Clota” pelos trabalhadores e trabalhadoras a quem ajudou em momentos de grande terror e angústia, é um símbolo da luta pela paz e liberdade, para a construção de uma sociedade em que os exploradores e burgueses não existam. “Don Clota” é, ou deveria ser, para o movimento social e popular um homem referencial; no entanto, os obstáculos que enfrentou e a quem enfrentou, fizeram que sua figura ficasse desfocada com a passagem do tempo.
De barba grande e branca o recordamos, mas esta barba que ele não cortava (apenas aparou) quando politicamente terminou a ditadura militar no Chile, tinha começado a crescer há décadas, no meio da luta sangrenta do movimento sindical, que sofria pelas brigas entre socialistas e comunistas, com as repressões intermináveis, perseguições e assassinatos do povo trabalhador e da angustiante sobrevivência que os governos do momento submetiam as pessoas: fome, falta de meios de saúde, higiene, educação e assim por diante. Por isso que Clotario nunca foi membro de qualquer partido político, e embora fizesse parte da primeira geração do MIR, fez também do movimento pelos direitos humanos durante a ditadura militar (1973-1990), renegando os dogmatismos e autoritarismos.
A vida deste homem foi marcada pela pobreza, mas também pela esperança. Os trabalhadores reconheceram-no como um dos pais do sindicalismo chileno e mesmo até os “ladrões” lhe reconhecem um lugar significativo. Clotario estava sempre do lado dos despossuídos, falando e praticando os ensinamentos de seus mestres: Jesús Obrero e Recabarren. E também foi expulso dos empregos, relegado e finalmente acusado. Deixa a direção da UGT (devido às acusações partidárias), mas não sua participação no movimento sindical.
Clotario Blest Riffo é um grande exemplo para os libertários como pensador e homem de ação. Como anarquista, que reflete muito bem as aspirações do povo que, sendo preso e amordaçado nunca para de lutar.
Para vislumbrar algo da sua maneira de conceber a ação direta sindical, deixamos-lhe para ler um extrato do n° 1 da Revista ANEF, de seu segundo período, em que podemos ver a forte presença de Blest e das aspirações da organização sindical, que vão para além da obtenção de melhorias materiais, e no sentido de uma revolução em profundidade.
Adaptamos o documento para um arquivo PDF para uma leitura melhor. Para ler, clique aqui:
http://grupogomezrojas.org/wp-content/uploads/2015/05/DocumentosClotario.pdf.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Diamantes surgindo
Na água pura do riacho.
Lágrimas que brilham.
Luiz Carlos Monteiro Nogueira
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…