Com a presença de aproximadamente 600 pessoas, a resposta do madrilenho bairro de Carabanchel ante a recente presença fascista na cercania foi clara e concisa. Pessoas de todas as idades e grupos estiveram presentes na manifestação de ontem [sábado, 3 de outubro] contra o racismo. “A Terra é um só país, a humanidade, seus cidadãos, defendamos nossa convivência”, foi a mensagem de uma das faixas da Rede Solidária Popular de Latina.
Com início no metrô de Carabanchel Alto, alguns vizinhos mostraram seu companheirismo desde as suas varandas evocando as antigas caceroladas, outros se aproximaram daqueles que distribuíam panfletos com informações sobre o motivo da convocatória ao longo do seu percurso. Os cânticos recorriam à solidariedade internacionalista da classe trabalhadora, como “Nativa ou estrangeira, a mesma classe obreira”, passando por “Nenhum ser humano é ilegal”, até o apoio para aqueles que estão sequestrados nos centros de extermínio: “Nem CIE´S, nem grades, nem presos, nem presas”.
Na altura da rua Oca, ao lado do supermercado conhecido não só por ser o estabelecimento onde os neonazistas recolhem alimentos exclusivamente para espanhóis, também pela exploração que submetem a seus trabalhadores, os corpos de insegurança do Estado formaram um pequeno cordão de isolamento, para que os manifestantes não se aproximassem do mesmo.
“Não, não passarão”, “Carabanchel um bairro para todas”, “Madri será o túmulo do fascismo”, foram alguns dos lemas que se expressaram durante o trajeto do protesto. Também houve duas faixas em memória de Richard e de Carlos Palomino, ambos assassinados por grupos neonazistas. A manifestação terminou às 14 horas no Oporto, onde foram lidos dois comunicados.
Galeria de imagens:
https://www.flickr.com/photos/apcarabanchel/sets/72157659002157200/with/21725075338/
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!