Tudo nos nega, segundo os livros que leem, os que tanto sabem. Mas é que elxs leem somente as letras burguesas, com olhos aburguesados e tácitos. Por isso… Outros livros e outros olhos são necessários, para ler anarquismo. E outros valores também, mais altos que esses com que nos aborrecem os eruditos, até rendermos-nos. O valor da igualdade, por exemplo, que não possui nenhum dos que por aí o negam.
R. González Pacheco
A cultura do livro e a utilização da gráfica para a difusão da Ideia foram consubstanciais com o anarquismo desde seu nascimento. Lá, no lugar mais recôndito do globo, onde houvera um grupo de companheiros/as por mínimo que fora, se fundava uma sociedade de resistência ou um ateneu, uma biblioteca, um periódico e, na medida do possível, uma editora. A Região Argentina tem em abundância exemplos de tudo isto, basta recordar a Librería Sociológica, Bautista Fueyo, Ediciones La Protesta, Nervio, Imán, Argonauta, Americalee, La Obra, Tupac, Reconstruir, Proyección, entre tantas outras.
Desde nossa perspectiva os livros e a imprensa escrita seguem sendo ferramentas fundamentais para a difusão das ideias e a aprendizagem. Por isso é que vemos como essencial seguir autogestionando-nos e autoeducando-nos. A necessidade de aprender e poder realizar nossos projetos é a base para posicionarmos-nos frente a uma forma de vida que detestamos, e, sobretudo, para construir as formas de vida que ansiamos.
Conforme esta tradição, a Quinta Feira do Livro e Difusão Anarquista de Buenos Aires tem como propósito realizar jornadas de difusão da atividade editorial e de propaganda anarquista, assim como, também constituir um espaço livre para palestras, mesas redondas e debates. Para aprofundar o anteriormente dito, este ano decidimos realizar em um espaço púbico e ao ar livre, já que buscamos potencializar um encontro onde se privilegie o debate e a difusão entre todas as pessoas, anarquistas ou não, que se sintam atraídas ou interessadas pelo ideal ácrata.
Desde Buenos Aires, abrimos o convite a todas e todos, coletivos e individualidades, que desejem participar, expondo seus livros, sua imprensa e todo tipo de material impresso, participando nas palestras e debates, e contribuindo com a necessária análise da situação atual para que coletivamente possamos gerar propostas e projetos conforme aos tempos que nos cabe viver.
Nestas instâncias ao apresentar livros e publicações, ao debater sobre os conflitos sociais e ao refletir sobre nossas práticas, consideramos fundamental levar a prática, em um ambiente respeitoso e fraternal, nossos princípios de antiautoritarismo, apoio mútuo e horizontalidade. Sabemos que nossas práticas e ideais estão mais vivas que nunca, e é por isso que não vão nos deter, vamos seguir no caminho da Revolução Social com a bandeira da solidariedade como estandarte.
Buenos Aires, Primavera de 2015
Saúde e anarquia!
Feira do Livro e Difusão Anarquista
Cidade de Buenos Aires
7 e 8 de novembro
Anfiteatro do Parque Lezama
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
O flautista tocou
A criança gostou
E o coração marcou
Silvio Feitosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!