Um mingaco pela Terra.
A Terra e nossas vidas hoje estão sequestradas. Cada pulso e elemento se registra, controla e vende. Quase não sobram inocentes. Uma porção da humanidade – com nome e sobrenome – domina o resto. Mas por sua vez, opressores e oprimidos nos arrogamos o direito de submeter às demais espécies e a destruir nossos entornos sem maiores considerações.
É certo que a morte também é parte da vida, mas suspeitamos que ao menos podemos potencializar a intensidade de nossos dias tentando a liberdade. A única clareza que temos é que necessitamos um presente e um futuro onde a opressão entre os homens e as mulheres e o governo absoluto destes sobre os elementos e as demais criaturas não exista. Onde possamos combinar nossos anseios com o fogo e a chuva, e o barro e o vento, e não sejamos meramente modelados ao capricho de quem tem o dinheiro e administram o Estado.
Um mingaco é um chamado, uma solicitação de cooperação direta e sem intermediários, e também é uma festa, um encontro de vontades e afetos. Por isso nos temos reunido aqui e agora, para liberar no horizonte todo o amor à Terra e a nós, e toda a raiva a quem arrasa e reduz nossas possibilidades. Não esperamos verdades absolutas e assumimos que é necessário desconfiar e aprender a partir de todas as esferas. Questionando-nos constantemente. Temos fome de saber e urgência de apoiar a quem já começou a proteger-nos com suas ideias e práticas. E é que, felizmente, não estamos sós. Infinidade de comunidades já estão em movimento.
Mas desde esta e outras anônimas iniciativas sentimos que também temos algo que dizer, algo que contribuir. Especialmente quando entendemos que a defesa dos territórios, nossos e da biosfera em geral, não pode separar-se da crítica e superação do princípio de autoridade e dominação que hoje rege as relações entre todos nós que compomos a Terra.
Mingako.
Mingako é uma publicação anarquista orientada a conhecer e difundir ideias e práticas afins à defesa da Terra e a construção de um presente sem relações autoritárias. Suas páginas se encontram abertas a quem, desde diferentes pontos de vista, desejem colaborar compartilhando conhecimentos, dúvidas e experiências.
Contato, info, distribuição: proyecto.mingako@gmail.com
Conteúdo da edição n°1, Primavera 2015
Un mingaco por la Tierra. Presentación/ Dossier Extractivismo: La Lógica tras el saqueo de la América Latina/ Inmersión al Extractivismo/ Entrevista a Colectivo El Kintral, La Serena/ A sembrar Salud y libertad: La alimentación capitalista que hay que superar/ Recetario Disfrutable/ Con tierra en las manos: espinacas/ Conflictos territoriales: Freirina, Megaproyecto minero en Cerro Blanco y comunidades campesinas. Algunos conflictos ambientales en Wallmapu. Invierno 2015. El Río San Pedro amenazado por el capital/ Solidaridad: Comunicado Emilio Berkhoff, Libertad a Felipe Durán, ¿Dónde está José Huenante?/ Autoeducación: El caos tras el orden (Una nota sobre diversidad y asociación en huertos amerindios y africanos), Mingaco: historia, presente y potencial de una práctica campesina y solidaria/ Aportes: ¿Por qué defender los territorios?, Civilización en todas partes y ni una gota para beber, Nostalgia de los orígenes/ Reseñas/ Letras por la tierra.
Baixe a revista aqui:
http://ateneoanarquista.org/mingako_imprimir.pdf
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Ainda que tombe
Depois de tanto andar e andar –
Campo de lespedezas.
Kawai Sora
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!