12 de outubro, Madri. Dia da Raça imposto pelo ditador fascista Francisco Franco e renomeado para Dia da Hispanidade pela equipe de maquiagem da “transição”.
12 de outubro, Madri. Mais de 3000 soldados e dezenas de veículos e aviões militares desfilavam pelo centro da capital do Estado ante o impassível olhar do herdeiro de Franco, o rei Felipe VI e todo o Governo assim como os principais partidos políticos.
Mas este 12 de outubro também demostrou que existe a outra Madri: a Madri obreira e antifascista, o povo madrilenho antirracista, de esquerda, herdeiro daquelas e daqueles antifascistas que gritaram: não passarão!, os netos e netas dos que morreram em defesa da liberdade da classe trabalhadora em luta constante contra a ponta de lança do capitalismo imperialista.
Por volta de meio dia, cerca de mil antifascistas se encontraram na confluência das ruas Santa Engracia e Ríos Rosas.
Sob o lema: Racismo não, nem em nossos bairros nem em nenhum lugar, arrancava esta manifestação com fortes gritos de: Os genocídios não se celebram, 12 de outubro nada de que celebrar, aqui estão xs antirracistas, nativas ou estrangeiras a mesma classe trabalhadora, vós racistas, sois os terroristas! Também se escutaram gritos de Habitação social, habitação criminosa! Em referência ao centro neonazi dirigido pelo partido de extrema-direita MSR que servem de base de operações para as covardes e brutais agressões contra pessoas imigrantes nas mãos de grupos de neonazis, e que conta com total impunidade dada pelas instituições e a polícia.
A manifestação prosseguia subindo Bravo Murillo depois de haver cruzado Cuatro Caminos, ante as pessoas, em sua maioria imigrantes, que passeava pela rua e saudava a passagem da manifestação, somando-se muitos a ela e lutando assim juntos e juntas por uns bairros vivos, combativos e livres de racismo e discursos identitários que tentam semear o ódio contra quem teve que vir a nossa cidade buscando um futuro melhor. Muitos e muitas fugindo da pobreza semeada pelos estados imperialistas no resto do mundo, estados como o nosso.
Finalmente e sem nenhum incidente importante, a manifestação terminava com uma concentração na Plaza de las Palomas de Tetuán, com a leitura do comunicado.
Desde a Coordenadora Antifascista de Madri, queremos agradecer a todas as pessoas que participaram e de novo deixaram claro que nem o 12 de outubro, nem o 20 de novembro nem nenhum dia será presenteado ao fascismo e ao racismo, e que a Madri antifascista sempre estará presente e vigilante.
Hoje como ontem, Antifascistas!
Nativa ou estrangeira a mesma classe trabalhadora!
Não passarão!
Coordenadora Antifascista de Madri
Fonte e mais fotos:
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!