Ela tem 105 anos, mas ainda sonha com uma vida melhor, sem guerras nem bombas.
Bibihal Uzbeki, de Kunduz, no Afeganistão, está entre as dezenas de milhares de imigrantes que percorreram milhares de milhas para fugir da guerra e da pobreza em busca de um futuro mais feliz e mais seguro na Europa.
Envolta em um lenço verde e um cobertor marrom, ela foi levada em uma maca para o acampamento de refugiados em Opatovac, o principal da Croácia, na terça-feira (27), depois de cruzar a Sérvia com um grande grupo de refugiados, incluindo seu filho, seu neto e vários outros parentes.
A caminhada através de montanhas, desertos, mares e florestas para entrar na Europa é perigosa e desgastante, mesmo para pessoas que têm um quinto da sua idade.
“Minhas pernas doem, mas eu estou bem”, disse Uzbeki em farsi, comunicando-se com o auxílio de um tradutor, enquanto permanecia sentada no chão de uma tenda da Cruz Vermelha. Suas mãos tremiam enquanto falava.
Ela disse que sua família, composta por 17 integrantes, havia viajado por 20 dias para chegar à Europa. Seu filho de 67 anos e seu neto de 19 várias vezes a carregaram nas costas durante o percurso.
“Tivemos problemas muitas vezes. Sofri muito”, disse ela. “Caí e machuquei minha cabeça. Tenho cicatrizes na minha cabeça.”
Após haver colocado Uzbeki em um trem que os levou ao extremo oeste em direção à Eslovênia, seu neto Muhamet disse que a família espera que o destino final deles seja a Suécia.
A polícia croata disse que verificou seus documentos e que ela tem 105 anos. Seu neto também disse que essa é a sua idade, mas o fato não pôde ser verificado de forma independente.
A Cruz Vermelha croata desejou à família “toda a sorte do mundo, assim como às milhares de outras pessoas com quem nos encontramos diariamente”.
Mais de 260 mil imigrantes passaram pela Croácia desde 15 de setembro, quando a Hungria fechou sua fronteira com a Sérvia, desviando o fluxo de refugiados para a Croácia.
Fonte: Mídias Internacionais
agência de notícias anarquistas-ana
Pardal orfãozinho
vem brincar
comigo
Cláudio Fontalan
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!