Chamado da Assembleia da praça da Victoria para uma concentração antifascista na sexta-feira,6 de novembro de 2015, por causa da realização de uma concentração fascista no mesmo lugar e na mesma hora.
Esta sexta-feira pela tarde o pequeno núcleo ultradireitista da praça da Victoria e de suas proximidades tentará de novo realizar uma concentração na praça. Desta vez, a bestialidade tem rasgos e ambições políticas: As propostas “contra a colonização de Atenas” e “contra os acampamentos (para refugiados e imigrantes) em Atenas” não são simplesmente estúpidas. Estão tratando de restabelecer a agenda ultradireitista/fascista em um marco mais amplo, de montar barricadas frente à solidariedade social, e de preparar um futuro que será uma réplica do passado mais obscuro.
Dá-se como certo que desta vez não veremos a este circo ambulante de umas poucas dezenas de pessoas idosas gritando “somos vizinhos”. Sabemos que desta vez fizeram um chamado mais amplo aos habitantes de bairros vizinhos, e que tratarão de consolidar sua presença na praça da Victoria e nas zonas próximas. Nunca subestimaremos a estupidez fascista (é invencível, inclusive quando tem acumulado só derrotas), mas é divertido que os fascistas pensem que este bairro esteja com medo e que vão alcançar algo. Equivocaram-se de lugar!
É óbvio que nós também chamamos a uma concentração na praça da Victoria: Sobretudo a uma concentração de solidariedade com os refugiados, com os e as imigrantes, com os perseguidos e as perseguidas deste mundo. A uma concentração contra o fascismo: Com isso queremos dizer contra o verdadeiro inimigo, o Poder e os campos de concentração (centros de reclusão), as cercas, o Exército, a Polícia, e em solidariedade com as centenas de assassinados e assassinadas no mar Egeu, com os milhões de deslocados pelo conflito entre as várias potências da Soberania pela divisão do mundo.
Este ano, em Cos, Lesvos, Atenas, Belgrado, nas cercas da Europa e em suas cidades, centenas de milhares de pessoas se mobilizaram para oferecer sua solidariedade, sem limitações, correndo várias vezes o risco de afogar-se nas águas turbulentas dos mares, de serem acusados de traficantes, de serem detidos nas manifestações, de perderem seu trabalho, abandonando-o para ajudar aos refugiados. Uma parte bastante grande da sociedade europeia reivindicou na prática o direito à dignidade e a solidariedade, e se mobilizou massivamente, bloqueando a burocracia europeia, os exércitos, os guardas das fronteiras e as cercas elevadas ao longo delas. Esta luta continua e o que está em jogo é algo muito importante.
Dentro de tudo isto, nós guardamos uma imagem de nosso bairro que nunca vamos esquecer: A cidade como uma máquina de solidariedade gigantesca ajudando a apoiar por todos os meios que possa a estas pessoas fatigadas, esgotadas, famintas, que vivem sua Odisseia com 2.000 km ainda a percorrer. Estamos orgulhosos de ser uma parte desta máquina de solidariedade incrível, do fio que nos tem unido com centenas de pessoas que fizeram o mesmo, por todos os meios que conseguiram fazê-lo, onde quer que estivessem.
Depois de tudo isto, Quem vai ter medo? E ter medo do quê? Com certeza que não, certeza que não teremos medo a nada, nunca mais!
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/post/1550968/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/atenas-plaza-de-la-victoria-6-de-noviembre-concentracion-antifascista/
Tradução > Sol de Abril
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se esconde em vão a goiaba:
tantos bem-te-vis…
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!