Há uma explicação (e muito estranha) para os nomes das “facturas”. Uma história de ironias e padeiros anárquicos que sobreviveu três séculos.
“Sacramentos”, “bolas de frade” (“borlas” é uma deformação do nome original), “suspiro de monja”, “cañoncitos”, “bombas de crema” e “vigilantes”. Nomes que com certeza que você já disse milhares de vezes e soube a origem.
Tudo começou em 1887, em Buenos Aires, quando por iniciativa do anarquista italiano Ettore Mattei, foi criada a primeira instituição da resistência Argentina: a Sociedade Cosmopolita de Resistência e Colocação de Padeiros Trabalhadores.
Nesse contexto, em 1888, os padeiros, organizados pelo anarquista Enrico Ferrer, começaram uma greve que durou mais de 15 dias. Além de deixar de trabalhar, eles decidiram protestar através dos nomes de suas criações, sugere Mundo História.
O anarquismo é uma filosofia política e social que chama para a oposição e a abolição do Estado entendido como governo e, por extensão, de toda autoridade, hierarquia e controle social. Ali estão a igreja, a polícia e o exército. E a eles dedicaram aos seus produtos.
Um por um:
• Em “homenagem” a Igreja, começaram a vender “sacramentos” e “bolas de frade”, que também podem ser chamadas de “suspiros de freira”;
• No irônico lembrete das Forças Armadas, batizaram de “bombas” e “cañoncitos” (recheios de doce de leite ou creme de confeitar);
• Como provocação à Polícia, nasceram os “vigilantes”.
Fonte: http://www.diaadia.com.ar/argentina/sabes-por-que-se-llaman-bolas-de-fraile
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Tempestade repentina.
O cheiro de terra molhada
invadindo as narinas.
José Carlos de Souza
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!