A edição brasileira de Anarquismo e Revolução Negra, do pantera negra Lorenzo Kom`boa Ervin foi lançada no dia 15 de novembro, durante a VI Feira Anarquista de São Paulo. O livro também conta com textos de Ashanti Alston, outro pantera negra, sobre o anarquismo negro e a introdução à edição brasileira escrita por Komboa. É o primeiro lançamento do Coletivo Editorial Sunguilar, um programa para as lutas de libertação e sonhos de emancipação do povo negro.
O Coletivo Das Lutas tem a honra de apoiar a luta do povo negro no Brasil (e no mundo) e disponibiliza, conforme solicitação do Coletivo Editorial Sunguilar, o arquivo em pdf pronto para impressão em gráfica, com todas as descrições e marcações necessárias para tanto. Tal ação decorre do desejo de que o livro possa ser editado por todo e qualquer indivíduo, coletivo e rede interessada na difusão do Anarquismo Negro em língua portuguesa.
Sobre o autor:
Lorenzo é reconhecidamente um combatente revolucionário pela libertação do povo Negro, suas atividades enquanto militante são um atentado à supremacia branca e seus privilégios, e desestruturam as pilastras construídas pelo capital para a manutenção das opressões que massacram os povos do mundo. Nascido no Tennessee-EUA, acumulou uma série de experiências e práticas que compartilha conosco neste livreto que ganha sua primeira versão traduzida no Brasil. Foi membro do SNCC – Comitê de Coordenação de Estudantes Não Violentos de Tennessee Leste, passando a integrar o Partido dos Panteras Negras depois da fusão desses dois grupos. Neste período lutou ativamente pelos direitos civis e contra a organização racista ku klus klan; com a formação de um júri especial para investigação das atividades dos grupos de emancipação Negra, foi obrigado a deixar os Estados Unidos e em Fevereiro de 1969 sequestrou um avião e o desviou para Cuba, mas foi deportado para a Checoslováquia e entregue aos Estados Unidos que o condenou à prisão perpétua. Durante o cárcere Lorenzo atuou fortemente como representante sindical e advogado na luta pelo direito dos Presos e negros em seu país. Tornou-se Anarquista ainda na prisão e construiu uma visão alternativa sobre o processo revolucionário pautado na Libertação Negra e na Justiça Racial, na destruição do sistema capitalista, do Estado e das formas de opressão encontradas e reproduzidas na sociedade. Após 15 anos de injustiça e privação, Lorenzo e sua Luta ganham visibilidade internacional e em 1983 conquista a Liberdade. Atualmente segue lutando contra o racismo, a violência policial e em favor da liberdade de Presos Políticos. Este Livro foi escrito durante os anos em que esteve preso e tem a intenção de “discutir brevemente a natureza do Anarquismo e sua relevância para o Movimento de Libertação Negra”.
Sobre o Coletivo Editorial Sunguilar:
Sunguilar, passar a noite escutando as estórias e causos dos mais velhos, reunir-se em torno dos passatempos e adivinhos dos griôs, uma palavra do Kimbundu, muito usada em Angola para definir o costume de congregar, todos os dias ao anoitecer, as crianças, os mais velhos e a sabedoria. O Coletivo Editorial Sunguilar que se apresenta com esta primeira edição brasileira de Anarquismo e Revolução Negra, do estimado griô e combatente da libertação Lorenzo Kom’boa Ervin, tem como intenção, a partir de um recorte libertário e anticolonial, abrir um processo de debate e enfrentamento, por meio de publicações como esta que apresentamos agora, para a superação da supremacia branca e do eurocentrismo que ainda imperam no anarquismo e no que convencionamos a chamar de “meio libertário”.
O arquivo do livro está disponibilizado em formato PDF. Para fazer o download, basta clicar aqui:
https://daslutas.files.wordpress.com/2015/11/anarquismo_negro_capa_miolo.pdf
agência de notícias anarquistas-ana
Bolha de sabão.
Uma explosão colorida
sem nenhum estrondo.
Maria Reginato Labruciano
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...