Recentemente, surgiu no seio do movimento anarquista no Estado espanhol, a abordagem e a discussão sobre a necessidade de criar estruturas libertárias de caráter partidárias. Influenciados pelo refluxo e o “salto para as instituições” de um esquerdismo proveniente dos chamados “movimentos sociais”, do crescimento quantitativo dos partidos de esquerda e a ilusão de que a quantidade é o mais importante e necessário para fortalecer um movimento anarquista um tanto raquítico, muitos companheiros e companheiras abraçam de maneira acrítica um pacote de ideias que, como veremos nas páginas deste livro, pouco tem de novas.
De maneira excelente e influenciado pelo contexto latino-americano, esta análise aparecida em diferentes formatos já há algum tempo, foi publicada originalmente em partes em diferentes números do jornal anarquista Libertad!, de Buenos Aires, Argentina.
A ideia de reproduzi-lo integralmente e em formato de livro responde a uma necessidade: para saber o que queremos dizer quando falamos de “plataformismo anarquista”; de onde vem e o que busca, bem como reconhecer que quando se critica a criação de “partidos” anarquistas não se está recorrendo ao insulto fácil ou ironia, mas a um fato que reaparece ao longo da história: a criação de estruturas libertárias que buscam assemelhar-se a partidos de esquerda em muitos aspectos e, incluso, buscam “fazer bem”, ou seja, realizar de maneira “verdadeiramente revolucionária” a tarefa que a esquerda autoritária deixa pela metade.
Texto da contracapa:
Anarquismo é um movimento – ou seja, uma multiplicidade de tendências – cujo fim geral é fundar uma sociedade sem explorados ou oprimidos, abolindo todas as formas de governo e de propriedade dos meios de produção, eliminando as classes sociais e seus privilégios, desigualdades raciais, sexuais, econômicas, políticas e sociais. Este esboço descritivo compreende a maioria das tendências que são referidas como anarquistas: individualistas, organizacionistas, comunistas, coletivistas, plataformistas, anarcossindicalistas, etc. Não obstante este caráter movimentista inerente ao anarquismo, algumas tendências não são tão inclusivas em sua visão, mas que apontam na conformação de uma organização anarquista de tipo partidária: um partido anarquista.
Este texto examina alguns dos pressupostos básicos e argumentos que estas tendências usam para justificar a necessidade de organizar-se em forma de partido.
ENTRE LA PLATAFORMA Y EL PARTIDO
Las tendencias autoritarias y el anarquismo
Patrick Rossineri
Barcelona, novembro de 2015
130 páginas
11 x 16
4 euros
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
No céu enfeitado,
papagaio de papel:
também vou no vôo.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!