Membros do grupo andam uniformizados com roupas negras e alegam serem defensores das mulheres.
Soldados de Odin, esse é o nome do grupo neonazista que tem crescido e ganhado força na Finlândia desde o ano passado, quando surgiu oficialmente a crise migratória. Os ‘soldados’ visam exercer o papel de polícia no país e pregam a violência contra os refugiados.
A ideia do grupo se tornou mais intensa e violenta após ocorrências de tentativas e consumações de violência sexual envolvendo refugiados, bem como da onda de imigrantes vindo da Escandinávia, que é um país conhecido por seu comportamento, segundo os ‘soldados’, liberal.
O grupo garante ter vários soldados e células espalhadas por vários países da Europa e em sua sede, é possível encontrar vários materiais sobre o nazismo. O líder de uma célula deixa claro que eles não seguem as ideologias nazistas, apenas querem defender a Finlândia e que estão prontos para lutarem nas ruas.
Contrariando possíveis suspeitas, os membros do grupo não são arruaceiros ou jovens rebeldes sem causa. A maior parte deles são operários, que trabalham em parte do dia ou noite e depois se revezam para fazer a segurança nas ruas algum dia da semana. Alguns estão presentes na ‘patrulha’ todos os dias.
Há metalúrgicos, mecânicos, motoristas e até um trabalhador da coleta seletiva do lixo. Alguns ainda estão em busca de um emprego e por isso tem mais tempo para se ‘dedicar’ aos soldados. Também há estudantes.
Apesar da maior parte deles serem trabalhadores, quase todos possuem antecedentes criminais, sendo que metade já cumpriu penas longas por variados motivos. Um dos líderes de uma das células, Kuosmanen, disse que todos os membros já cometeram erros, mas agora querem defender as pessoas, contribuindo para o bem estar da população, mas que isso pode se tornar difícil se os verem como eternos bandidos.
Além de andarem em grupo durante as patrulhas, também carregam cães farejadores e rondam abrigos de imigrantes, os abordando caso notem alguma atitude que julguem ser ‘suspeita’.
Há quem diga que vestem uma camiseta que simboliza Hitler. Também carregam um punham feito com uma suástica no cabo e possuem um crânio com um chapéu do SS em sua sede ou esconderijo.
O teto camuflado com uma rede e diversas bandeiras da Finlândia por toda parte reforçam as ‘suspeitas’ das ideologias do grupo. Alguns objetos são considerados como exclusivos do líder do grupo, como máscara de gás e um fuzil de assalto com um laço de enforcamento.
A polícia do país não reconhece o grupo oficialmente, embora as autoridades saibam que eles existam. Segundo eles, é comum que algum imigrante africano ligue para outros quando os veem, mas os soldados não os temem, pois com uma única chamada são capazes de conseguir mais de 30 homens para lutar em poucos minutos.
Um Instituto alemão sobre a violência disse que o crescimento desses grupos na Europa são o reflexo de uma política mal feita. Com o aumento de imigrantes e possíveis índices de violência os envolvendo, a tendência é que os soldados e suas células cresçam e se espalhem ainda mais.
agência de notícias anarquistas-ana
acordei e me olhei no espelho
ainda a tempo de ver
meu sonho virar pesadelo.
Paulo Leminski
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!