O texto que apresentamos aqui é escrito por Margaret Robinson, ativista e investigadora feminista, vegana, bissexual, de origem nativa e que, atualmente, vive em Toronto. Os seus campos de trabalho vão desde a saúde mental e a patologização das identidades de gênero às orientações sexuais não hétero-normativas, ou até à teoria queer, a sociologia, ou as ciências políticas, passando pela teologia feminista e a influência ecofeminista das comunidades nativas pós coloniais.
No “Veganismo e lendas Mi”kmaq: as nativas feministas comem tofu” (“Veganism and Mi’kmaq legends: Feminist natives do eat tofu”), Robinson realiza uma interpretação das principais lendas do folclore Mi”kmaq, com a intenção de encontrar paralelismos que conectam a ética antiespecista com a construção moral e social Mi”kmaq da sua relação com os animais não-humanos e com a natureza. Através desta revisão, Robinson rompe com o estereótipo especista que associa o veganismo a um privilégio “primeiro mundista” de pessoas brancas, economicamente solventes e urbanas e demonstra que o veganismo não só é compatível com a cultura, tradições e identidades do povo M”ikmaq, como também é, hoje em dia, a única forma que este povo tem de conservar e fazer o seu finca pé perante as deformadas versões das suas tradições -que lhes foram devolvidas pelos genocidas colonizadores- e, por consequência, com a sua própria história e passado, passado este em continua revisão.
Para nós, este texto supõe um importante passo na configuração de uma linha histórica rupturista com a hegemonia ideológica do especismo, proeminente na cultura branca e ocidental, mas muito ausente em muitas das culturas indígenas, ou nativas que, se desenvolveram artificialmente devido a um contato forçado e tardio dos seus povos com a cultura e mitos da sociedade branca, judaico-cristã, imperialista, industrializada e patriarcal do ocidente, desde a época colonial até à contemporaneidade. Por este motivo, decidimos traduzir o texto original para castelhano e difundi-lo num formato acessível, por web e na rua.
Esperamos com isto contribuir, com um pequeno grão de areia, para o desmontar dos mitos antropocentristas e, contribuir também para o avanço da ética no sentido de uma nova posição em que sejam valorizados e tidos em consideração os interesses de todas as espécies, independentemente se têm bico, caninos, ou mandíbulas ruminantes, se correm, voam, saltam, nadam, se mugem, balam, grasnam, ou falam.
Para descarregar ou ver online:
Castelhano:
– Capa: https://distripolaris.noblogs.org/files/2016/02/Portada.pdf
– Corpo: https://distripolaris.noblogs.org/files/2016/02/Veganismo-y-Leyendas-Mikmaq.pdf
Galego:
– Capa : https://distripolaris.noblogs.org/files/2016/02/Portada-galego.pdf
– Corpo: https://distripolaris.noblogs.org/files/2016/02/Veganismo-e-lendas-Mikmaq.pdf
Tradução > Ophelia
agência de notícias anarquistas-ana
Gotas ao chão
Tudo escurece
Solidão
Silvia Avila
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…