Crimes contra centros de refugiados quintuplicam, e ações de ódio sobem 77%
A Alemanha registrou em 2015 um aumento de 44% em crimes violentos por radicais de direita, dado que alcançou seu recorde histórico, disse na segunda-feira (23/05) o ministro do Interior, Thomas de Maizière. Na apresentação do relatório anual de crimes no país, ele afirmou que os ataques aos centros de refugiados quintuplicaram, à medida em que as reações à chegada de 1,1 milhão de solicitantes de asilo se multiplicaram. No geral, os crimes de ódio subiram impressionantes 77%.
Segundo Maizière, os crimes politicamente motivados pela extrema-direita cresceram 44%, alcançando 23 mil, maior nível desde 2001, quando começaram os levantamentos pelo governo. Os ataques a centros de refugiados, que foram 199 em 2014, pularam para 1.031 no ano passado. Deles, 923 foram atribuídos à extrema-direita.
Ainda de acordo com Maizière, o número geral de crimes motivados pela política cresceu 19% (com liderança de agressões e tentativas de assassinato liderando) em 2015. Na extrema-esquerda, ataques [contra alvos estatais ou capitalistas] cresceram 35%, disse o ministro.
— O agudo crescimento nos crimes motivados pela política aponta para um momento perigoso na sociedade. Estamos testemunhado uma prontidão crescente e cada vez mais aberta para usar a violência, por extremistas tanto da direita quanto da esquerda.
O Ministério do Interior indicou haver um crescimento geral na categoria de crimes de ódio de 77%, de cerca de 5.800 crimes para em torno 10.400. A classificação abrange crimes de racismo e ódio religioso.
Ainda segundo Maizière, houve 347 ataques a centros de refugiados somente no primeiro trimestre de 2016, o que poderia apontar para mais um ano de índices preocupantes.
Por outro lado, os crimes de ódio com cunho antissemita caíram 14%, informou o ministério.
Fonte: agências de notícias
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Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.
Guilherme de Almeida
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!