HUAJUAPAN DE LEÓN – Salvador Olmos García, de 27 anos, comerciante, jornalista comunitário, lutador social, ativista defensor das terras, cantor e pioneiro do movimento anarcopunk em Huajuapan foi encontrado gravemente ferido na manhã deste domingo (26/06) na colônia de “Las Huertas”, nesta cidade.
Por volta das 04h40 os socorristas da Comissão Nacional de Emergências (CNE) foram alertados por elementos da polícia municipal que na rua “Naranjos”, sem número, se encontrava uma pessoa seriamente ferida, ao que estes se aproximaram rapidamente a bordo da ambulância 06, da delegação 020.
Ao chegar, os paramédicos encontraram uma pessoa que estava caída às margens da via ao que o submeteram os primeiros socorros e o colocaram na maca.
Ao perceberem que havia sofrido lesões nas extremidades, cabeça e dorso, resolveram transladá-lo à área de Urgências do Hospital Geral de Huajuapan, Pilar Sanchéz Villavicencio, para que recebesse a atenção médica devida.
No entanto, após vários minutos de luta para salvar sua vida, “Chava”, como era conhecido por amigos e familiares, havia deixado de existir em razão do ar acumulado na cavidade da pleura (pneumotórax), fratura do úmero direito e rompimento de paredes interiores (hemorragia).
Depois do falecimento de Salvador, que também era narrador da rádio comunitária “Tunn Ñuu Savi”, os integrantes dessa rádio indicaram integrantes da polícia municipal dessa cidade como supostos autores materiais e intelectuais. Asseguraram que “Chava” havia sido detido e na sequência atropelado por uma viatura oficial.
Ao mesmo tempo, instaram posição das autoridades competentes para o imediato esclarecimento dos fatos e punição aos responsáveis, ou, do contrário, tomarão medidas alternativas para fazer justiça ao falecido, e também em relação a outros ocorridos que consideraram como fascistas e opressores por parte dos uniformizados.
Salvador Olmos García, radialista no programa “Pitaya Negra”, lutava há quinze anos pela defesa das terras e comunidades Mixtecas, ante a exploração de recursos naturais e a entrega de concessões a mineradoras estrangeiras por parte das autoridades governamentais.
Após esse lamentável fato, dezenas de pessoas, entre amigos, familiares e conhecidos, se concentraram nas instalações da rádio “Tuun Ñuu Savi” a fim de manifestarem sua solidariedade e exigir punição aos responsáveis.
“Sociedade de Huajupan, esperemos que compreendam o que fizeram ao nosso companheiro; não queremos incitar a violência, mas estamos indignados e cheios de raiva por justiça. “Chava” sempre lutou por igualdade e era um companheiro produtivo para a sociedade, solidário e como anarquista sempre protegeu todos em seu entorno”.
“Era um bom homem com alma de menino, com suas sandálias negras, rastas e botas, pois nele foi o único espaço que ela encontrou para se desenvolver livremente”, expressou um dos ativistas, companheiro próximo a Salvador.
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
A abelha tristonha,
fauna e flora devastadas,
produz mel amargo.
Leila Míccolis
Why dont you publish the names of the minning companies that are exploiting the land of the mixteca people ? probably they are the same that are destroying our forests and the indigenous people here in Brazil