Estudantes da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) denunciaram a pichação de símbolos da suástica nazista na sala Quilombo, onde estudam alunos negros envolvidos em atividades étnico-culturais. O local é voltado para atividades como hip hop, capoeira e músicas nagô.
Nessa segunda (03/10), a sala foi novamente pichada, dessa vez, com frases como “Foge Bicha Preta. Vaza. Nós te pegaremos. Nazis”, o que motivou denúncia da ouvidoria da UFSC à administração. Segundo o chefe de gabinete da reitoria, Aureo Moraes, haverá uma investigação – mas o setor de segurança, dirigido por Leandro Oliveira, já antecipou que não há câmeras de videomonitoramento no prédio, o que deve dificultar a busca pelos envolvidos.
Em nota, os alunos da sala Quilombo classificaram as mensagens pichadas como fruto de “racismo” e de uma “resistência fascista”. “Somos diversos alunas e alunos negros que frequentam a sala e enfrentam todos os percalços de ingressar e tentar permanecer em uma universidade pública em nosso país. Não queremos e nem podemos nos acomodar frente a tal situação, então exigimos respostas da universidade”, escreveram.
Os alunos não quiserem se identificar por medo de represálias. Não é o primeiro caso de racismo na instituição. Ano passado, o MPF (Ministério Público Federal) ajuizou uma ação civil contra um aluno de engenharia mecânica da universidade. Na ocasião, ele postou no Facebook a imagem de um homem negro ajoelhado entregando um cacho de bananas a uma mulher, também negra, como se fosse um buquê de flores.
À época, a procuradoria pediu indenização de R$ 50 mil ao estudante e apontou também a UFSC como ré, pois a publicação foi feita em uma página com o nome da instituição.
Essa página, que não é a oficial da universidade, voltou a gerar protestos em janeiro deste ano, desta vez, com xingamentos dirigidos aos indígenas.
agência de notícias anarquistas-ana
de manhã: mia, mia, mia
só depois de comer,
mia um bom dia
Alonso Alvarez
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!