A seguir, texto reproduzido em uma série de cartazes e panfletos que foram espalhados em Seattle nos últimos dias.
“Está acontecendo uma guerra lá fora…” – Mobb Deep
Para nós, enquanto anarquistas, Trump significa a plataforma para uma agenda racista e nacionalista. Ele está criando uma ecologia ainda mais estável para os grupos tradicionais racistas, homofóbicos e nacionalistas, saírem das sombras e começarem a se organizar publicamente, a exemplo da Ku Klux Klan (KKK) na Carolina do Norte, o Movimento Nacional Socialista na Pensilvânia, o Partido dos Trabalhadores Tradicionalistas e Identidade Evorpa em Seattle. Apesar de muitos destes grupos negarem apoiar abertamente à Trump, eles est& atilde;o alinhados tanto com sua perspectiva política quanto suas posições em relação a imigração e nacionalismo. David Duke, por exemplo, uma das principais figuras da KKK, apoiou Donald Trump, e através do “the Crusader” [um dos principais jornais da KKK], imprimiu sua imagem com o título “Make America Great Again” [Slogan da campanha de Trump: “Faça a América Grande de Novo”]. Para nós, ser contra Trump significa ser contra o racismo, o fascismo e o nacionalismo.
Nós não desejamos fazer pequenas concessões com as autoridades como a esquerda institucional; grupos a exemplo do “Socialist Alternative” (Alternativa Socialista) e seu principal interlocutor, Kashama Swaint, propõem “alternativas” como trocar Trump por Bernie Sanders. Para nós, não há alternativa ao poder e não há acordos possíveis com o poder. Nós somos contra a direita tanto quanto somos contra a esquerda. A representação es petacularizada da política precisa estar acompanhada do questionamento geral da autoridade.
Nós não estamos interessados em manter uma passividade social declarando “LOVE TRUMPS HATE” [trocadilho que significa “o amor derrota o ódio”]. Nós sentimos que criar um espaço de aceitação ou tolerância para os seguidores de Trump, está criando inadvertidamente um espaço para grupos de extrema direita com tendências nacionalistas. Isto é parte da mesma retórica que nos levou onde estamos hoje.
Finalmente, a neutralidade e a ideia de retornar à normalidade não é uma opção. Se recusar a levantar a voz ou apenas denunciar o contexto atual como algo passageiro, é similar à ideia de que votar pode mudar a atual conjuntura política. Por isso que fizemos uma ativa e consciente decisão de tomar as ruas através de manifestações, de participar de encontros e ações públicas.
A polícia e toda a manutenção da ordem social é colocada em movimento para reforçar a autoridade contra cada indivíduo ou grupo que desvia das formas aceitáveis de protesto político.
Ser contra Trump é ser contra a polícia. Para nós, toda e qualquer autoridade, sejam políticos locais, polícia ou o presidente, representam a perda de agência sobre nossas próprias vidas.
Ser contra Trump significa que desejamos a completa destruição de toda autoridade: seja a polícia, juízes ou presidentes, nós não seremos complacentes, somos uma força ingovernável!
Pela anarquia! Contra o Estado e o capital!
Fonte: http://pugetsoundanarchists.org/node/163
Tradução > Malobeo
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João Acuio
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