No dia 22 de março ocorreu um ataque em frente ao parlamento, onde morreram quatro pessoas e muitas outras ficaram feridas. Assim que isto aconteceu, Tommy Robinson, ex-líder do EDL (English Defence League), apareceu no local do ataque para falar sobre o choque de civilizações e de uma guerra contra todos os muçulmanos. As suas declarações terminaram com o anúncio de uma marcha em Londres, organizada pelo grupo de extrema-direita Britain Firts.
A verdade é que estes autodenominados “patriotas” estão satisfeitos que este ataque tenha ocorrido. Um fanático deu-lhes a oportunidade que desejavam para tentar iniciar um conflito na sociedade marcado por seus discursos raciais. Eles procuram sem sucesso reconstruir os seus movimentos à custa de sangue e de lágrimas da gente comum. Pretendem usar este ataque para justificar a sua própria marca de terror contra a população muçulmana deste país.
Mas, não deixaremos.
O nosso grupo e a rede de apoio conhecem a sua ideologia reacionária. Os gritos de hoje da direita dirigem-se a nós, para afirmar à sociedade que este ataque aconteceu devido à nossa tolerância com o “extremismo islâmico” ou o nosso apoio aos direitos dos refugiados. Estas afirmações baseiam-se na suposição de que há um choque de civilizações neste país, que a “cultura inglesa” e a “cultura muçulmana” não podem coexistir e, que uma guerra é inevitável.
São mentiras.
Os nossos companheiros do movimento antifascista e até o nosso próprio grupo estão lutando na linha da frente perto de Raqqua, a capital do ISIS. Os nossos companheiros lutam com uma brigada internacional formada por todas as nacionalidades, religiões e gêneros. Lutam junto aos seus camaradas muçulmanos no YPG com o espírito do internacionalismo da classe obreira, e este espírito é o que necessitamos hoje. A sua luta é contra as mesmas forças de reação que buscam dividir as nossas comunidades por etnias. É uma luta contra aqueles que erradicaram a minoria Yazidi no Iraque. A mesma luta contra aqueles que queimam os nossos vizinhos da mesquita porque são muçulmanos.
Neste momento os fascistas são apresentados à gente comum, com as mãos estendidas para cima e com a palma aberta dando as boas-vindas. É uma mão estendida que projeta uma sombra sobre a história moderna e que cresceu fora das câmaras de gás de Auschiwitz. Devemos recusar esta oferenda com a maior ferocidade e raiva, e no seu lugar devemos consolidar os ideias do internacionalismo da classe obreira. Se não enfrentamos os fascistas nas ruas e oferecemos à classe obreira uma alternativa à guerra de raças, perderemos e as sombras do passado consumirão as nossas ruas.
Incentivamos a todos os companheiros que adotem o lema “Não passarão!”. Esmaguemos a intenção do Britain First de crescer à custa da morte dos londrinos. Apoiamos a todos e a cada um dos antifascistas que querem ver o fascismo derrotado por qualquer meio necessário. Não passarão.
Todos os antifascistas são bem-vindos a juntar-se a nós dia 1º de abril, para se opor à Britain First e EDL.
FB: https://www.facebook.com/events/231936000613581/
Fonte: https://londonantifascists.wordpress.com/2017/03/24/laf-statement-on-london-attack/
Tradução > Joana Caetano
agência de notícias anarquistas-ana
um raio de sol
transluz — balança a cortina…
borboleta amarela!
Douglas Eden Brotto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!