Pela memória de Sergio Urrego, o respeito de quem sente e pensa fora das regularidades autoritárias, e pela luta contra a mercantilização das nossas vidas, dos nossos sentimentos, da nossa sexualidade e ideias, nem um centavo ao oportunismo de “Mariposas Verdes” e à sua produtora “Centauro Comunicaciones”. Boicote!
O projeto “Mariposas Verdes” começou no ano de 2015, sendo um filme sobre a vida do jovem estudante anarquista Sergio David Urrego Reyes, que se suicidou em 2014 depois das perseguições sistemáticas, legalizadas e criminais por parte da direção do seu colégio. As quais, se encontram atualmente em prisão domiciliar e num processo legal pelo crime cometido.
“Mariposas Verdes” é um produto da companhia “Centauro Comunicaciones”, uma empresa multinacional que pertence ao diretor e produtor Gustavo Nieto Rosa com sucursais na Colômbia, Miami e Brasil.
“Mariposas Verdes” é atualmente um produto de vasta produção (filmes, livros, aplicativos de celulares e tudo o que venha) que manipula as vivências de Sergio, as mesmas que foram contadas durante meses a esta Produtora, por algumas amizades e familiares. Colaboraram assim, ingenuamente e voluntariamente, com a diretora Idania Velásquez Luna, sob a garantia assinada da produtora, que afirmava que se tratava de uma história fiel à pessoa de Sergio e às suas ideias.
Este produto recria o seu colégio, as suas amizades, a vida de casal, imita a sua família, reproduz fotografias de familiares e caricatura a sua sexualidade e ideias. E, além disso, vende-se em todos os meios de comunicação como a vida do nosso companheiro Sergio. Algo que, o seu pai e sua mãe demandaram e negaram o uso da vida de Sergio para qualquer produto.
Perante isto, “Centauro Comunicaciones”, o seu líder Gustavo Nieto e a sua serva Idania Velásquez, sabendo antecipadamente sobre o uso indevido do nome de Sergio Urrego, quiseram lavar as mãos, e tentaram se livrar de toda a responsabilidade, mudando o nome de Sergio e, do resto das personagens, para seguir lucrando com as suas histórias.
Chamamos à atenção as pessoas que foram próximas a Sergio, na sua vida ou depois da sua morte, para não contribuírem com os lucros desta quadrilha diabólica. Chamamos também os movimentos e individualidades anarquistas, as organizações internacionais, meios de comunicação independentes, às comunidades LGBTI, e o resto que se viram refletidas na vida de Sergio, que difundamos e nos mobilizemos em defesa do seu e do nosso direito e dignidade.
Este filme não é um exemplo de tolerância às ideias e identidades, como querem fazer parecer às comunidades e pessoas que oferecem este produto envenenado e lucrativo. Todo este produto, chamado “Mariposas Verdes”, é um exemplo de oportunismo, que insulta e ridiculariza a comunidade LGBTI, o pensamento libertário e a memória de Sergio. E a ULE, organização incansável, que Sergio entregou todas as suas forças, faz um apelo ao boicote e à pressão social para acabar com esta empresa e defender os direitos de quem pensa e sente a igualdade e a liberdade.
União Libertária Estudantil (AIT) | Anarcosindical
Fonte: https://ulestudiantil.org/Exigencias/mariposasverdes.html
Tradução > Joana Caetano
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!