#julhocentenário
No dia 9 de julho de 1917, às portas da fábrica Mariângela, no Brás, o sapateiro espanhol José Inegues Martinez, de 21 anos, era morto pela polícia em meio a mais uma das inúmeras paralisações que compuseram o cenário da primeira greve geral do país. Cem anos depois, as equipes União Lapa Foot Ball Club, Corote e Molotov, Associação Real Guarani do Jaraguá e Cordão da Mentira organizam a primeira edição de um torneio que levará o nome do jovem assassinado p elo Estado por lutar por melhores condições de vida para a classe trabalhadora – nem o primeiro, nem o último de muitos que tiveram a mesma sina.
A Taça Sapateiro Martinez contará também com a participação das Mães de Maio e começará fora de campo: às 10h, em frente ao terminal Lapa, a Fanfarra Clandestina e o Bloco Fluvial do Peixe Seco se encontram para mais um ensaio da banda que conduzirá o Cortejo de 100 anos da Greve Geral de 1917 – #julhocentenário, marcado para 15 de julho. Do terminal, sairemos tocando e panfletando pela Lapa, antigo bairro operário bastante ativo na greve de 1917, até chegar ao Cdc Bento Bicudo, local do certame.< /font>
Às 13h, começa o torneio, que contará com duas semifinais, decisão de terceiro lugar e final. Depois da final, acontecerá um debate intitulado “Desde 1500: Estado, tortura e genocídio no Brasil”, em que cada equipe apresentará um pouco de suas causas (o Corote e Molotov e o povo de rua, a Associação Real Guarani do Jaraguá e a questão indígena, o Cordão da Mentira e os desaparecidos políticos e o União Lapa Foot Ball Club e a história da classe trabalhadora na Lapa) e as Mães de Maio falarão sobre sua luta contra o genocídio contínuo de jovens pretos, pobres e periféricos e por justiça.
Pra fechar, o pessoal do Samba Da Maloca animará o fim de tarde e começo de noite com uma apresentação ao vivo, junto com comes e bebes.
Resumindo:
TAÇA SAPATEIRO MARTINEZ – #julhocentenário
> 10h – ensaio e panfletagem no Terminal Lapa + cortejo até o CDC Bento Bicudo
> 13h às 16h – jogos
> 16h30 – debate: “Desde 1500: Estado, tortura e genocídio no Brasil”
> 18h30 – samba
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
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agência de notícias anarquistas-ana
Será mais bela a noite acesa?
sussurra a voz dela
prolongando o crepúsculo.
Etsujin
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!