A seguir, chamado do Comitê de solidariedade com os presos políticos da Turquia e Kurdistão para uma concentração fora da embaixada da Turquia, em solidariedade com os professores Nuriye Gülmen e Semih Özakça, em greve de fome há 226 dias contra o estado de emergência imposto pelo regime fascista turco.
O julgamento de Nuriye Gülmen e Semih Özakça foi duas vezes adiado. A nova data de sua ocorrência é 20 de outubro de 2017. O lugar em que acontecerá é o cárcere Sincan, em Ankara.
A demanda justa dos lutadores, que estão em greve de fome há 226 dias contra o estado de emergência, é que lhes deixem regressar a seu trabalho. Dois dias antes da data em que ocorreria o julgamento foram detidos os advogados dos grevistas de fome. No dia do julgamento, não lhes permitiram estar presentes nos tribunais, invocando “falta de medidas de segurança”. Neste julgamento 1.300 advogados declararam que eram seus advogados de defesa. Na sala do tribunal estiveram presentes mais de 300 deles. Aquele dia foram detidos catorze advogados dos “Escritórios Jurídicos do Povo”. Por causa da ausência dos acusados, os juízes adiaram o julgamento duas semanas.
Em 26 de setembro de 2017, dois dias antes da data do segundo julgamento, Nuriye foi forçada a transladar-se ao serviço de urgência de um hospital estatal, com o fim de impedir sua presença no julgamento. Dois dias depois, em 28 de setembro de 2017, data em que ocorreria o julgamento, a polícia deteve os ônibus com pessoas que iriam assistir ao julgamento, e investiram contra as pessoas que haviam se reunido fora da sala do tribunal, à qual haviam transladado só Semih. Em seu discurso de defesa Semih declarou que o julgamento é uma paródia (teatro) e se referiu à situação política e social no país, assim como ao papel da greve de fome durante os últimos meses.
Agora cada dia é crucial para seu estado de saúde. A possibilidade de praticar a alimentação forçada é alta, assim como o perigo para sua saúde. Também, os grevistas de fome declararam que não vão aceitar a alimentação forçada e que continuarão sua greve de fome até a satisfação de suas demandas. É conhecido que a notícia da greve de fome se propagou por toda a Terra e se converteu em um símbolo de resistência contra as medidas de emergência.
Chamamos a todos e a todas a não permitir ao Estado fascista da Turquia a assassinar Nuriye e Semih. Que sejam liberados os professores em greve de fome e que se satisfaçam suas demandas. Que vivam Nuriye e Semih, e que regressem a seu trabalho. Que acabe o estado de emergência e que sejam abolidas as leis que o impuseram.
Chamamos a todos e a todas a manifestarem-se na sexta-feira 20 de outubro fora da embaixada da Turquia (esquina de Vasileos Georgiou e Rigillis), desde as 10h30 até as 12h30. Vamos estar aí para expressar nossa solidariedade com Nuriye Gülmen e Semih Özakça.
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/post/1578808/
O texto em castelhano:
Tradução > Sol de Abril
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