Sob o lema “Rumo à Greve Geral” várias centenas de pessoas atenderam à convocatória da CNT em Zaragoza, cuja manifestação percorreu desde as 12 horas o centro da cidade da Praça San Miguel até a Praça San Felipe.
Durante a manifestação foi possível escutar lemas contra o atual agravamento das condições da classe trabalhadora: o roubo das pensões, a diferença salarial por gênero, o trabalho temporário ou o desemprego. Chamando a uma Greve Geral por tempo indeterminado como forma de superar de maneira conjunta estes problemas que afetam diversos setores da classe obreira.
Igualmente foi assinalado o papel da magistratura como “lacaia do poder” e o caráter classista e patriarcal que a justiça manifesta diariamente, que recentemente chegou a limites vergonhosos e inadmissíveis.
A convocatória de Zaragoza estava também no marco da campanha da CNT pela luta feminista no mundo sindical “partindo da reação da greve feminista de 8 de março para dar-lhe continuidade e seguir avançando”, dizia o secretário-geral da confederação anarcossindicalista, Enrique Ho, em seu discurso na Praça San Felipe.
Além de Hoz, convidado para a ocasião, houve uma intervenção no discurso final em solidariedade com os acusados nos quatro processos judiciais que estão atualmente abertos contra sindicalistas da CNT (em Logroño, Huesca, Gijón e Guadalajara), uma clara mostra de uma escalada repressiva que busca deixar a classe operária “sem as ferramentas mais básicas para sua defesa, como são manifestações, piquetes e greves”.
Também tomou a palavra uma trabalhadora despedida pela empresa Tabernas BG (bar El Champi) por organizar uma seção sindical da CNT e reivindicar algo tão básico como o cumprimento do convênio de hotelaria. Após a manifestação, o sindicato realizou um piquete diante deste estabelecimento para exigir sua readmissão e recordar que, se o Primeiro de Maio é um dia de luta operária, a luta operária é assunto de cada dia.
Definitivamente, a CNT saiu à rua neste Primeiro de Maio para realizar um chamado à classe trabalhadora para organizar-se e confluir, com base em suas distintas problemáticas, em uma Greve Geral por tempo indeterminado, sem esquecer que esta luta está “na rua, não no parlamento”, mas também nos centros de trabalho onde o compromisso de acabar com a exploração e construir a autogestão deve provocar uma ruptura na qual surja uma sociedade nova.
Viva a luta da classe trabalhadora!
Viva o Primeiro de Maio!
Conte com a CNT.
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
vaga tristeza
vaga lume
vaga só
Alonso Alvarez
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!