Neste Primeiro de Maio Anarcossindical, que pela primeira vez em anos reuniu todos os sindicatos da Comunidade de Madrid juntos em uma manifestação conjunta, queríamos nos lembrar mais uma vez dxs presxs e, especialmente, dxs que estão por serem distintxs, por serem migrantes. Para fazer isso, mudamos a nossa rota habitual (Valdeacederas-Cuatro Caminos) para sair do Metrô do Oporto e terminar no CIE (Centro de Internamento de Estrangeiros) de Aluche, na esperança de que pudessem nos ouvir de dentro e pudessem saber que nós não esquecemos delxs.
Isso aconteceu quando, após a chegada da manifestação nas portas da CIE, este centro de extermínio, em resposta às palavras de Manoli, ouviram-se gritos exigindo a liberdade dos prisioneiros enquanto acenavam toalhas pelas janelas. Foi certamente o momento mais emocionante de uma manifestação que, com acidentes organizacionais clássicos que já parecem crônicos, consideramos um sucesso em todos os sentidos, e que também serviu para espalhar a greve de presxs que a partir deste primeiro de maio começa nas prisões do estado. Depois da manifestação houve uma refeição popular no Parque de las Cruces, e depois dela várias conversações sobre a repressão, a cargo de coletivos de Madrid em luta, amenizadas por música e poesia combativa.
O Primeiro de Maio foi transformado em feriado, em um dia de festa, memória, rotina, mas as causas que o motivaram não podem ser esquecidas: a dignificação da vida, a não depender do trabalho, a liberdade, a tomar parte ativa contra desastres sociais ou ecológicos… não podem passar à história. É necessário que destruamos ativamente todas as relações de poder que estão tornando esse distúrbio possível em nosso entorno. É necessário ser solidário por cima das fronteiras ou diferenças culturais.
TRABALHAR TODXS PARA TRABALHAR MENOS
> Você pode baixar imagens da manifestação aqui:
https://www.dropbox.com/sh/xp3kpa4k3iy1u6c/AABI_vd-dfiapG1aculBGzi3a?dl=0
Fonte: http://cnt.es/noticias/madrid-primero-de-mayo-frente-al-cie
Tradução > Liberto
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!