O coletivo feminista radical Pussy Riot assumiu responsabilidade pela invasão do campo do estádio Lujniki durante a final da Copa do Mundo entre Croácia e França neste domingo (15/07).
No início do segundo tempo, dois homens e duas mulheres vestidos de policiais entraram no gramado e correram pela metade do campo antes de serem retirados pelos seguranças.
Em nota divulgada pelo coletivo no Facebook, o motivo da invasão foi um protesto contra a polícia russa. Segundo o Pussy Riot, os policiais “observaram cuidadosamente” e “assistiram gentilmente” às multidões de turistas durante a Copa, mas continuaram a “perseguir prisioneiros políticos” dentro país. O grupo pede a liberdade dos presos políticos e ainda cita o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, em greve de fome há mais de 60 dias em uma prisão russa.
Essa é a primeira vez que o Pussy Riot consegue protestar na frente de Vladimir Putin, presidente da Rússia, contra quem tem feito manifestações e performances críticas há anos. O político estava presente no estádio para realizar a entrega do troféu da Copa para a França. Além do protesto ao governo russo, a banda também se posiciona contra a Igreja Ortodoxa e contra a repressão das minorias na Rússia, principalmente da comunidade LGBT.
O Pussy Riot lembrou também que nesta segunda-feira (16/07) se completam 11 anos da morte de Dmitri Prigov, poeta dissidente nos tempos de URSS. Prigov, em suas obras, mencionava frequentemente a figura do “Policial”, uma representação metonímica do aparato repressivo do Estado soviético.
Fonte: agências de notícias
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!