Mais uma vez a Copa do Mundo de futebol foi usada como ferramenta política, como um entretenimento de massa para a distração das questões sociais.
A imagem do pódio com Vladimir Putin acompanhado pelo presidente da França, a presidenta da Croácia e dos dirigentes da FIFA não foi suficiente para esconder a gravidade da crise global.
A invasão do campo de jogo do estádio moscovita por integrantes das Pussy Riot durante a final da Copa, mais do que um toque de cor, mostrou como nas rachaduras do sistema emergem a realidade, a denúncia das injustiças sociais e do poder despótico.
Ao mesmo tempo, na França, cidades como Paris e Marselha foram cenários de protestos contra as políticas estatais de exclusão, como a brutal reforma trabalhista de Macron.
Nem tudo foram festejos, o descontentamento se explicitou nas ruas, também a repressão do governo.
E novas turbulências se avizinham.
Donald Trump definiu a União Europeia como um obstáculo e um inimigo. O Estado chinês procura aliar-se à Europa.
Em todo mundo, nos aguardam anos de agitação e emoções mais fortes do que uma definição por penalidades em um evento esportivo.
Carlos A. Solero
Desde a Região Argentina
Domingo, 15 de julho de 2018
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