Em 23 de agosto de 1927, dois trabalhadores italianos de ideologia anarquista, Sacco e Vanzetti, foram executados na cadeira elétrica de uma prisão americana. O advento de uma das crises econômicas cíclicas nos EUA aumentou a perseguição de ativistas operários de tendência socialista, principalmente os de origem italiana e particularmente os anarquistas.
Com efeito, Andrea Salcedo foi preso e depois jogado de um prédio do Estado por capangas da polícia. Nicolas Sacco da Sicília (Itália) e Bartolomeo Vanzetti, nascido em Villafaletto, no norte da península, pertencia ao grupo de anarquistas que com Salcedo fez campanha contra a condução forçada de imigrantes para serem enviados para lutar na Primeira Guerra Mundial.
Os informantes uniformizados emboscaram-nos no trem, detiveram-nos e acusaram-nos de assalto com a mão armada.
Eles nunca conseguiram provar a culpa dos trabalhadores libertários, o processo judicial foi uma farsa que mostrou o ódio de classe dos funcionários judiciais e a corrupção do governador e de outros burocratas.
De fato, eles foram julgados e condenados por suas ideias e práticas anarquistas. Durante o julgamento, o promotor censurou Nicolas Sacco por ter viajado ao México para não se alistar e ser enviado para a Primeira Guerra Mundial, e não defender o país que o asilava. Com clareza e calma que caracteriza as pessoas sãs, Sacco respondeu desde sua convicção oposta ao militarismo e as guerras com os princípios do internacionalismo proletário, opostos ao nacionalismo burguês e ao belicismo.
Há 91 anos, a resistência heroica e a luta de Sacco e Vanzetti nos desafiam a continuar na lida cotidiana das lutas populares.
Em 1º de agosto de 2017 foi visto vivo pela última vez o anarquista Santiago Maldonado após a incursão violenta das forças federais em Pu Lof em Resistência de Cushamen, onde estava com os Mapuches lutando pela terra e contra o capital.
Da escuridão sórdida, o sistema dos poderosos, do capitalismo, condena aqueles que lutam para abolir a exploração e seus nomes tragicamente saltaram para a primeira página. Memória e resistência ontem, hoje, amanhã.
Carlos A. Solero
Rosario, agosto de 2018
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
um tufo de algodão
flutuando na água
uma nuvem
Rogério Martins
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…