O novo e aguardado lançamento da coleção que tem mudado a maneira de ver nosso passado, o do submundo e dos fora da lei. Sonhadoras, contrabandistas, membros da resistência, contrabandista, renquistas, guerrilheiras, ladrões, bandos negros, pistoleiros, assaltantes, vedetes, protoquinquis, expropriadores, vingadores, ladrões de trens, ladras de lojas.
A partir de 1936, com as cidades vindo abaixo, bombardeadas e sitiadas, o que acontece com relação a esses bairros em seus dias chamados “sinistros” ou “tenebrosos” (os bairros chineses, os lugares do crime) e os fora da lei será diferente. O pós-guerra, igualmente, também mudará seus protagonistas. Dificilmente encontraremos um Eduardo Arcos (aliás “Fantômas” ou “Rei dos fantasmas”), ou bandos de apaches tatuados e aos chamados “automóveis fantasmas”, ao ladrão convertido em rato de hotel com porrete e clorofórmio, ao mascarado quase folhetinesco, aos valentões e criminosos compartilhando tragos em um café com música à espera de uma nova encomenda criminosa de um falso barão, líder da Banda Negra que assolará Barcelona, ao mundo do cuplé, do charlestom, os cabarés legendários. Aquela última boemia está a ponto de despedir-se para nunca mais. O que veio em seguida foi diferente, um fora da lei que buscará sua existência de outra maneira e sob os rigores – e horrores – do franquismo. Assim, desfilará a miséria generalizada do pós-guerra e se passou da Espanha noir à Espanha “negra”. Mas, enquanto isso, o crime… Porque o franquismo foi uma máquina de esquecimento. O mito da inexistência ou diminuição da delinquência em tempos do ditador foi uma operação de propaganda, uma mentira fabricada torpemente. Aqui te contamos apesar da censura e da operação de maquiagem que se empreendeu em seus dias.
Fuera de la Ley (vol. 3). Contrabandistas, expropiadores, protoquinquis y guerrilleros. Los bajos fondos en España (1937-1960), completa a paisagem até agora quase inédita, de meio século de submundo, pistoleiros, foragidos e bandos subterrâneos que retratamos em uma aventura editorial para resgatar e trazer ao presente nosso passado, esse que nos diz o que fomos mas também o que somos.
“Explodidas pela dinamite desapareceram a casa do cura pároco, que foi transformada em café e depois em cabaré”
Azul (órgão da Falange Espanhola das JONS) 12 de julho de 1938
“Nossos três bravos companheiros fizeram frente aos algozes de Quíntela, encarregando-se primeiro do asqueroso réptil, pretenso “perseguido” de Madrid que organizou a emboscada. Um bom momento durou a refrega e outro policial “valente” que lhes intimava a render-se foi igualmente eliminado, junto ao qual caíram também vários feridos”
Solidariedade Obreira, 24 de julho de 1948
Imprensa
“Fuera de la Ley ameaça em converter-se – na mira de uma pistola – em uma obra de referência dentro do gênero da prosa policial espanhola, como talvez o faça também por extenso a coleção True Crime merced al buen hacer editorial de La Felguera” (eldiario.es)
“Fuera de la Ley é uma radiografia do crime protagonizada por pistoleiros, anarquistas e meliantes” (El País)
“Apaixonante híbrido entre o ensaio histórico e a crônica negra, o novo título de La Felguera não só oferece profusa documentação gráfica da época, mas também contextualiza a sua insólita galeria de protagonistas desde uma perspectiva heterogênea e raivosamente contemporânea” (Canino Magazine)
Fuera de la ley. Vol.3
Contrabandistas, expropiadores, protoquinquis y guerrilleros. Los bajos fondos en España (1937-1960).
La Felguera Editores, Colección True Camino, 48. Madrid 2018
450 págs. Rústica 24×17 cm
ISBN 9788494420887
23.00€
Tradução > Sol de Abril
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!