A região foi militarizada agora que os líderes autoproclamados do mundo estão se reunindo na Argentina? Não.
Nós só podemos falar de umas movimentações de botões na região, mas a militarização é um processo que vem acontecendo há vários anos, que une as diferentes forças que agora voam sobre estas terras e as autóctones é seu objetivo: a defesa do capital, os negócios e a destruição, se necessário, do planeta.
A “contra-cúpula” com os ex-presidentes não é apenas um dispositivo de recuperação, mas uma grande falta de respeito pelas pessoas. Eles abriram o caminho para a militarização e o extrativismo, que têm fortalecido a exploração capitalista, e finalmente, promovendo o neofascismo que está se instalando e que não tem um pingo de vergonha e em seu cinismo ainda não entendem sua responsabilidade nisto e que seu tempo já passou.
Destruição suficiente deixou o progressismo armando e fortalecendo o capitalismo financeiro, enfraquecendo e atacando as bases sociais que poderiam ter dado uma resposta à morte organizada das empresas.
Esquivar do show do G20 é enfrentá-lo. Minar as bases que tornam isso possível é parte da responsabilidade de todos aqueles que querem um mundo baseado em algo que não seja lucro e destruição.
O problema não é quem manda, mas o comando em si.
O problema não é quanto a mercadoria nos toca, mas o mundo que nos transforma em mercadoria.
O vácuo “existencial” deixado pelo progressismo é ideal para o advento da direita e seu fanatismo. Seu setor ultra está bem posicionado para encontrar espaço, espaço deixado pelas convicções destruídas pela esquerda. Em suma, os dois polos do capital, sua direita e sua esquerda, são os que trazem os novos salvadores da gestão democrática.
Recuperemos o destino de nossas vidas. Vamos auto-organizar nossa raiva e desejos por melhores formas de vida. A luta não passa pelo espetáculo. Não ao G20, não ao mundo que o sustenta.
R.M.
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
A chuva passou.
A noite um instante volta
A ser fim-de-tarde.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!