A Eclusa é hoje um centro social e cultural autogerido. Nós ocupamos esta casa sem direito nem documentos desde dezembro de 2011 e a prefeitura conseguiu exigir nossa expulsão, contudo propuseram que criássemos uma associação para que assinássemos um contrato de arrendamento de 18 anos. Por isso, nos recusamos assinar certos compromissos, como o prazo de 3 anos para realizar trabalhos na casa. Após a negociação, assinamos o acordo em 2014. A gestão mudou e agora lidamos com Arnaud Robinet e Catharine Vautrin, que não querem A Eclusa. Uma comissão de segurança da cidade fechou o lugar em julho de 2014, e a Grand Reims [comunidade urbana] nos ataca na justiça desde abril de 2015. Hoje estamos na apelação e a decisão sobre a realização ou não do contrato será tomada em 4 de dezembro.
No sábado, 20 de outubro de 2018, às 01h20, fascistas vieram nos atacar na Eclusa, arrancaram uma persiana, quebraram uma telha e atiraram uma bomba de gás lacrimogêneo através da janela. É o terceiro ataque em 2018. Em abril, eles roubaram bicicletas e saquearam o local, entrando pelas janelas e, em maio, destruíram um caminhão, em frente ao local.
Em 31 de dezembro de 2017, eles já tinham vindo e entrado forçando a porta da casa, encapuzados e armados de tacos e de gás de pimenta, eles saquearam no térreo e ameaçaram de morte uma pessoa que se defendeu como pôde, e que apesar dessa violência não foi ferida.
Esses ataques foram cometidos por um grupo que se chama os “Mes Os”. É um grupo que se tornou indesejável entre os ultras [torcedores] de Reims, mas os “Mes Os” não ficam apenas no futebol, no passado fizeram ações contra os imigrantes, espancaram um desabrigado e pessoas no centro da cidade.
Sabemos que eles são próximos da extrema direita e movimentos identitários como “Geração Identitária” ou “Dissidência Francesa” e de lugares como “Bastião Social” e “La Citadelle”, em Lille, e que agora andam na rua sem que isso seja problema. Eles igualmente já foram acompanhados de seus acólitos parisienses para nos atacar.
Desde o último ataque, eles tem se autodenominado “Mes Os Hooligan”, fazendo saudações nazistas, mostrando o que eles tem na cabeça.
Esses acontecimentos mostram bem que é fundamental levar a sério a questão da ascensão fascista em Reims. É necessário e urgente se unir contra a recrudescência dos movimentos reacionários, que estão se aproveitando da miséria social para impor sua visão racista de mundo. É preciso nos organizarmos coletivamente, e é importante apoiarmos uns aos outros.
A videovigilância os obriga a sair do centro da cidade para agir, e por isso atacaram A Eclusa, mas e amanhã?
Eles não impedirão nossas atividades. Estamos todos os dias em luta contra os fascistas em Reims, e estaremos sempre.
L’Ecluse
4 rue de la Cerisaie, 51100 Reims
contact@ecluse-reims.org
ecluse-reims.org
agência de notícias anarquistas-ana
sol poente
numa ruela
menino corre das sombras
Rod Willmot
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!