Moção antimilitarista do 77º Congresso da Federação Anarquista francófona, realizado em maio de 2018.
Os conflitos militares ao redor do mundo, as tensões regionais, as ameaças e agressões (sobretudo nucleares, químicas…) permanecem o modo privilegiado das relações entre os Estados: e tudo em benefício dos lobbys militares-industriais.
Os povos sofrem essas violências e são os joguetes macabros das estratégias militares e políticas: assassinatos, violações, insurreições, sequestros, humilhações e destruições sistemáticas das infraestruturas civis (água, hospitais, escolas…). As populações são deslocadas, maltratadas, feitas reféns e reprimidas em todas as tentativas de rebelião e de resistência.
Todos os Estados são assassinos. Ontem, a França na Argélia ou o genocídio em Ruanda. Hoje, citamos a Arábia Saudita bombardeando a população Iemenita, a Birmânia perseguindo os Rohingyas, o Estado israelense atirando contra a população palestina desarmada, o Estado sírio massacrando tudo, sem esquecer os Estados criminosos da África e da América Latina… e amanhã? Incluindo todos os estados fabricantes de armas, incluindo a França, exportando as guerras para onde se situam seus interesses.
Além disso, em escala local, a militarização do nosso cotidiano se traduz pela familiarização de uma presença militar e policial permanente. Este estado de coisas se caracteriza pela intensificação da repressão de toda contestação e o surgimento de Leis de Estados de urgência. Encontram-se, inclusive hoje na França, certos políticos (Le Pen, Macron, Melenchon…) desejando um retorno do serviço militar. Até os EUA, entre outros, onde o armamento de civis os leva a matarem-se.
Seja em escala mundial ou local, a estratégia é sempre a mesma: instrumentalizar os medos dos indivíduos cada vez mais para impor a necessidade de Estados Nação fortes. Estes Estados Nação são os cães de guarda, o braço armados dos interesses capitalistas.
É urgente a afirmação do Internacionalismo Anarquista, a solidariedade entre os povos, a abolição das fronteiras e a recusa das guerras como projeto humano!
abastouteslesarmees.noblogs.org
agência de notícias anarquistas-ana
Escorre o sol
Salgando meus lábios
Passo a passo
Rodrigo Vieira Ribeiro
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!